Café tem queda expressiva em junho e fecha mês com recuo superior a 20%

Os preços do café registraram forte retração ao longo de junho, de acordo com levantamentos do Cepea. O Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, posto na capital paulista, teve média de R$ 2.126,10 por saca de 60 kg no mês, recuo de 14,4% em relação a maio, no menor patamar desde novembro de 2024, em termos reais (valores corrigidos pelo IGP-DI de maio/25).

Desde 18 de junho, o Indicador opera abaixo dos R$ 2.000/sc, fechando o mês a R$ 1.834,36 por saca, queda acumulada de 21,5%. No caso do café robusta tipo 6, peneira 13 acima, a retirar no Espírito Santo, a média mensal foi de R$ 1.256,71 por saca, baixa de 18,4% sobre maio. No dia 30, o valor caiu para R$ 1.105,07 por saca, o menor desde junho de 2024, acumulando queda de 20,75% no mês.

Além do recuo nas cotações, o setor também monitora os efeitos do clima. A frente fria que atingiu o país na última semana provocou geadas em importantes regiões produtoras. Segundo o Cepea, o Norte do Paraná foi o mais afetado, com relatos de perdas significativas para a safra 2026/27. Em São Paulo e Minas Gerais, os impactos foram pontuais, principalmente em áreas de baixadas. A atual colheita do arábica 2025/26 segue em andamento nessas regiões e, até o momento, não foi comprometida pelo clima.

Café arábica e robusta acumulam quedas superiores a 20% em junho com pressão do mercado e alerta para geadas. Foto: Canva