Brasil exporta 36,9 mi de sacas de café em 2025
Exportações brasileiras de café somam 36,9 milhões de sacas em 2025, com queda de 21% no volume pela menor oferta e impactos tarifários e logísticos
Menor oferta e tarifas dos EUA reduzem embarques, mesmo com preços mais altos e avanço da receita. Foto: Canva
O Brasil exportou 3,582 milhões de sacas de café em novembro, segundo o Cecafé. O volume caiu 26,7% em relação ao mesmo mês de 2024. Entretanto, a receita subiu 8,9%, passando de US$ 1,409 bilhão para US$ 1,535 bilhão graças às cotações mais firmes.
No acumulado da safra 2025/26, entre julho e novembro, os embarques chegaram a 17,435 milhões de sacas. Apesar disso, o resultado representa queda de 21,7% frente ao período anterior. A receita, contudo, aumentou 11,6%, alcançando US$ 6,723 bilhões.
Desempenho no ano civil
Entre janeiro e novembro de 2025, o país exportou 36,868 milhões de sacas. Esse volume corresponde a um recuo de 21% frente a 2024. Ainda assim, a receita avançou 25,3% e atingiu US$ 14,253 bilhões.
Segundo o Cecafé, esse comportamento reflete a menor oferta após o recorde do ano passado.
Tarifas e logística pressionam o setor
Dois fatores reforçaram a queda nos embarques: primeiro, o tarifaço de 50% imposto pelos Estados Unidos; segundo, os gargalos logísticos nos portos brasileiros. De agosto a novembro, período em que as taxas estiveram vigentes, as compras norte-americanas caíram 54,9%.
Além disso, atrasos operacionais continuam prejudicando os envios. Apenas em outubro, houve prejuízo superior a R$ 8,7 milhões devido ao não embarque de 2.065 contêineres. No Porto de Santos, que concentra quase 80% dos embarques, 73% das embarcações registraram atrasos.
Principais destinos seguem diversificados
Mesmo com o impacto tarifário, os Estados Unidos permanecem como o principal comprador em 2025. O país importou 5,042 milhões de sacas, o que representa 13,7% do total. Logo depois estão a Alemanha, com 5,003 milhões de sacas; a Itália, com 2,912 milhões; o Japão, com 2,413 milhões; e a Bélgica, com 2,146 milhões.
Cafés diferenciados ganham espaço na receita
O café arábica continua liderando as exportações, com 29,63 milhões de sacas e participação de 80,4%. Já os cafés diferenciados mantêm desempenho relevante. Eles respondem por 19,6% dos embarques e geraram US$ 3,122 bilhões até novembro, alta de 42,9% na receita graças ao valor agregado.
