Preços da carne bovina sobem em outubro com demanda aquecida e exportações recordes no mercado interno e externo
Os preços da carne bovina iniciaram outubro mais firmes, impulsionados por uma combinação de fatores. De acordo com o Cepea, a demanda interna aumentou, enquanto as exportações seguiram em ritmo recorde.
Por causa dessa melhora, a procura por animais para abate cresceu, interrompendo as recentes quedas nas cotações. Assim, houve espaço para pequenas altas, o que devolveu ânimo aos pecuaristas e estimulou novas negociações.
Além disso, o cenário é semelhante em São Paulo e em outras regiões monitoradas pelo Centro de Pesquisas. O tempo seco e a falta de pasto reduziram a oferta de animais terminados a pasto. Já entre os confinados, parte dos lotes está comprometida com a indústria, mas, aos poucos, aumenta o volume ainda disponível para venda.
No mercado atacadista da Grande São Paulo, todos os cortes com osso registraram leve valorização nos últimos dias. Nesse contexto, as vendas seguem em ritmo considerado normal para o início do mês. Desse modo, os preços da carne bovina se mantêm firmes, conforme indicam os levantamentos do Cepea.
Enquanto isso, o mercado externo também demonstra força. Segundo dados da Secex, o Brasil embarcou 348 mil toneladas de carne bovina em setembro, somando produtos in natura e industrializados. Esse volume é o maior já registrado desde o início da série histórica da Secretaria, em 1997.
Como resultado, entre janeiro e setembro o país exportou 2,41 milhões de toneladas, alta de 15,4% em comparação com o mesmo período de 2024. China e Hong Kong, por sua vez, foram os principais destinos, respondendo juntos por 56,7% das vendas brasileiras.