Exportações de carne de frango do Brasil sobem em agosto e indicam recuperação gradual do setor no mercado internacional
As exportações brasileiras de carne de frango seguem firmes e registraram alta nas primeiras semanas de agosto de 2025, indicando recuperação gradual do setor. Além disso, dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) mostram que, mesmo diante de restrições em importantes mercados, os embarques mantêm desempenho consistente e reforçam a posição do Brasil como um dos maiores fornecedores globais da proteína.
Segundo a Secex, o valor médio diário das exportações brasileiras atingiu US$ 1,5 bilhão nas duas primeiras semanas de agosto, alta de 13% em relação ao mesmo período do ano passado. No caso específico da carne de frango, o crescimento foi de 1,13%, demonstrando a boa aceitação do produto no mercado internacional.
Além disso, a agropecuária como um todo também apresentou desempenho positivo. A média diária de exportações ultrapassou US$ 1,9 bilhão, o que representa avanço de 13,1% na comparação anual.
O resultado ganha relevância diante da suspensão temporária de compras por mercados estratégicos como Chile, China e União Europeia. Ainda assim, os números mostram que outros destinos mantêm a demanda pelo frango brasileiro, o que sustenta o fluxo de exportações.
Em julho, os embarques somaram 399,6 mil toneladas, volume 13,8% menor que o registrado no mesmo mês de 2024. Por outro lado, houve crescimento de 16,3% em relação a junho deste ano, indicando retomada gradual.
De acordo com o Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar), o desempenho confirma a resiliência da cadeia produtiva. Nesse sentido, a diversificação de mercados, a agilidade logística e o padrão sanitário da produção nacional são fatores que permitem ao setor enfrentar oscilações e manter relevância no comércio internacional.
“O consumidor global reconhece a qualidade e a regularidade da carne de frango brasileira. Assim, isso nos dá condições de atravessar períodos de restrição sem comprometer o ritmo de embarques”, destacou o presidente do Sindiavipar, Roberto Kaefer.
O diretor executivo da entidade, Paulo Cândido, acrescentou que a consistência dos números reflete também a adaptação das indústrias às mudanças no cenário internacional. “Estamos preparados para atender diferentes demandas e ampliar nossa presença em novos mercados”, afirmou.
Com expectativa de reabertura gradual de mercados estratégicos, como China, Chile e União Europeia, o setor avícola prevê novas oportunidades de expansão. Portanto, a tendência, segundo o Sindiavipar, é que o Brasil não apenas recupere os espaços temporariamente interrompidos, mas também fortaleça sua posição em novas parcerias comerciais.