Mês terá mais dias frios no centro-sul do que em 2024
Junho está entre os meses mais frios do ano no centro-sul do Brasil. Neste período ocorre o solstício de inverno no hemisfério Sul, que em 2025 será no dia 20, às 23h42, pelo horário de Brasília. A redução nas horas de sol, característica do mês especialmente no Sul, parte do Sudeste e do Centro-Oeste, contribui para manter o ar frio nas noites.
Segundo a Climatempo, junho de 2025 terá mais dias frios no centro-sul do país em comparação com o mesmo mês de 2024. As temperaturas devem ficar um pouco abaixo da média em áreas da região Sul, Mato Grosso do Sul e São Paulo. Há maior probabilidade de geadas em relação ao ano anterior. Dois episódios de frio intenso são esperados: um na primeira semana e outro na última do mês.
Por outro lado, nas demais regiões do Brasil, as temperaturas devem permanecer um pouco acima da média. O Centro-Oeste, Norte e o interior do Nordeste tendem a ter tardes mais quentes devido à redução da nebulosidade e das chuvas. Regiões como o Distrito Federal, Mato Grosso, Goiás, norte de Minas Gerais, oeste da Bahia e sul do Piauí podem ter dias com calor acima do normal para a época.
Junho faz parte do período seco em várias regiões do Brasil. Historicamente, é um mês com pouca chuva no Sudeste, Centro-Oeste, interior do Nordeste, Tocantins, centro-sul do Pará e áreas ao norte do Paraná. Também há redução de precipitações no sul do Amazonas, Acre e Rondônia.
Por outro lado, na faixa leste do Nordeste, junho ainda é um mês com grande volume de chuva. A previsão da Climatempo indica episódios de chuva forte entre Natal e o sul da Bahia, influenciados pela passagem de frentes frias e circulação marítima na costa baiana. Entre Aracaju e Natal, ondas de leste devem provocar pancadas intensas, como as que ocorreram em maio.
Com a progressiva retirada da Zona de Convergência Intertropical, a chuva no extremo norte do Brasil tende a diminuir. Ainda assim, eventos fortes podem ocorrer no norte do Maranhão, Pará, Amapá, Roraima e norte/noroeste do Amazonas. A expectativa é de que o volume acumulado fique abaixo da média nessas áreas.
No interior do Sudeste, Centro-Oeste e do Nordeste, o volume de chuva deve se manter dentro da normalidade – ou seja, baixo. Frentes frias vão passar com frequência pelo centro-sul do país, mas poucas devem gerar chuvas no interior. A previsão aponta precipitações ligeiramente acima da média em áreas como o sul e leste de São Paulo, sul e leste do Paraná, nordeste e sul de Santa Catarina, nordeste e centro-leste do Rio Grande do Sul, além do sul e oeste de Mato Grosso. Já o sul do Rio Grande do Sul deve ter chuvas abaixo da média.
Climatologicamente, junho é caracterizado por baixos volumes de chuva no Centro-Oeste, Sudeste, interior do Nordeste e parte da região Norte, como Tocantins e sul e leste do Pará. No Sudeste e Centro-Oeste, é comum haver longos períodos consecutivos sem precipitação. Quando ocorre, a chuva tende a se concentrar em poucos dias do mês, podendo até ocorrer em apenas um dia com a passagem de uma frente fria.
Entre os fenômenos típicos de junho estão o ar seco, com umidade relativa entre 20% e 30%, comum no interior do país. Também são frequentes o frio intenso, geadas, neve e nevoeiros, especialmente nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Massas de ar frio de origem polar provocam quedas acentuadas de temperatura, muitas vezes abaixo de 0°C no Sul e Sudeste. Geadas podem ocorrer também em Mato Grosso do Sul. A neve é mais provável na região Sul neste período, assim como a formação de nevoeiros nas manhãs, exigindo atenção redobrada em estradas e aeroportos.
As noites de junho também são frias por conta da perda radiativa em noites com pouca ou nenhuma nebulosidade. Isso causa resfriamento mais intenso da atmosfera, resultando em madrugadas frias mesmo sem forte presença de ar polar.
Frentes frias seguem atuando no Sul e, ocasionalmente, causam chuvas no leste do Sudeste. Algumas avançam pelo interior, influenciando o Centro-Oeste, sul da região Norte e eventualmente o Nordeste. Essas frentes continentais são responsáveis por espalhar o ar polar por áreas como norte de Mato Grosso, Distrito Federal, Rondônia, Acre e sul do Amazonas.
No Nordeste, a chuva continua frequente na faixa leste, com volumes expressivos trazidos por ondas de leste e frentes frias, especialmente entre Natal e Salvador.
No extremo norte, o mês ainda apresenta precipitações recorrentes em Amapá, norte do Pará, norte do Amazonas e Roraima.
A grande amplitude térmica – diferença de pelo menos 15°C entre as temperaturas mínima e máxima em um mesmo dia – também é comum em junho, resultado da escassa nebulosidade diurna e noturna.