Segundo relatório semana da plataforma Grão Direto, a semana passada foi marcada por uma alta significativa nas commodities agrícolas em geral. O mercado da soja foi marcado pela divulgação mensal de oferta e demanda feito pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), na última sexta-feira (08/04). O relatório projetou uma redução de 0,87% da safra mundial em relação a março. Já os estoques finais globais foram cortados de 89,96 para 89,58 milhões de toneladas. Para o Brasil, a previsão caiu de 127 milhões para 125 milhões de toneladas.
Esses dados trouxeram combustível extra nas cotações de de soja na sexta-feira, que já seguiam em uma semana de valorização. Chicago fechou a semana valendo US$ 16,89 por bushel (+6,86%), no contrato com vencimento em maio/2022. Os desdobramentos do conflito geopolítico entre Rússia e Ucrânia, com um acordo se mostrando cada vez mais distante, também foi outro fator que deu suporte aos preços. O movimento de alta também foi refletido nos derivados de soja, com o farelo
fechando em alta de +4,48% e o óleo +5,52%.
O dólar teve uma semana de valorização, sendo cotado a R$4,71 (+0,86%), na sexta-feira. O movimento de alta foi enfraquecido após a divulgação do aumento de 1,62% no IPCA (índice de inflação oficial) no mês, puxado pelo aumento do preço de combustíveis e alimentos. Isso reforçou apostas de que o Banco Central terá de deixar os juros em patamares mais altos por mais tempo, fortalecendo o fluxo de entrada de dólares de investidores internacionais. Todo esse movimento positivo de Chicago e dólar foi refletido no mercado brasileiro por meio de uma considerável recuperação de preços, em relação à semana anterior.