Os preços do milho na Bolsa de em Chicago (CBOT) chegaram ao intervalo na manhã de terça feira, 14/03, com perda de 3 cents, cotados em U$ 6,10/maio. Ontem, houve queda de 3 cents nos principais vencimentos. A BMF trabalha em R$ 85,80/março (-0,1%) e R$ 87,80/ julho (-0,1%).
De acordo com o analista de mercado Camilo Motter da Corretora Granoeste, de Cascavel/PR, o mercado é pressionado pelo temor de investidores frente aos problemas financeiros dos EUA, após o colapso do banco Silicon Valley Bank, além das sucessivas quedas do petróleo. Em suma, investidores adotaram uma postura de aversão ao risco.
A Rússia concordou com as Nações Unidas para renovar o acordo sobre o canal de exportação pelo Mar Negro pelo período de 60 dias, favorecendo a comercialização da produção ucraniana, notadamente de milho e trigo. Os acordos anteriores foram renovados pelo período de 120 dias.
O USDA informou que foi inspecionado o embarque de 1,00MT de milho na última semana, elevando o total da estação para 16,3MT, ante 25,9MT do mesmo período do ano passado. O ritmo segue bastante lento; isto se deve, em grande parte, pelo grande volume de exportações do Brasil, que alcançou 48,0MT no último ciclo, finalizado em 31 de janeiro.
Segundo a CONAB, a colheita de milho verão em território nacional atinge 26,3% em dados coletados até o último sábado, ante 22,6% referentes à semana anterior e 33,7% de mesmo período no ano passado. Já, o plantio do milho safrinha atinge 72,5%, ante 63,6% da semana prévia e 87,4% da mesma época em 2022.
O analista destaca que o mercado interno se mantém em ritmo lento; o foco segue direcionado para a logística da soja, fazendo com que os preços dos fretes subam de forma acentuada e cortem as indicações de preço no FOB também para o milho. Contrariamente, os problemas climáticos na Argentina e o conflito no Leste Europeu concorrem para promover sustentação aos preços.