O cenário fundamental segue dando força para os preços na CBOT, que iniciou operando com leves ganhos, a U$ 13,38, na manhã de terça-feira, 12/11. No dia anterior, houve alta expressiva – de mais de 30 cents nos primeiros vencimentos. Graves irregularidades climáticas, sobretudo no Centro-Oeste, e sinais de demanda mais aquecida são os focos do mercado.
A China vem aumentando a produção de soja. Neste ano colheu 20,5MT, aumento de quase 3% sobre o ano anterior. A meta é chegar a pelo menos 25,0MT nas próximas campanhas. A produção total de grãos do país chegou a 695,0MT, conforme levantamento do Bureau Nacional de Estatísticas, sendo esta a 9ª temporada seguida com colheita acima de 650,0MT. Dados do
USDA indicam que a China produziu neste ano 277,2MT de milho, 149,0MT de arroz e 137,0MT de trigo.
Levantamento da consultoria Datagro aponta a área da safra brasileira de soja em 45,36MH, sendo o 17º ano de aumento consecutivo. No comparativo com o ano passado, houve incremento de 1,5%. O último levantamento, de fins de novembro, indica uma colheita de 156,5MT, queda de 4,5% em relação às projeções iniciais. Cerca de 27% já estaria negociada em contratos antecipados.
As exportações brasileiras de soja somam 1,19MT até aqui, em dezembro – informa a SECEX. O line-up indica um volume superior a 4,0MT quando o mês terminar. As exportações totais da temporada caminham para ultrapassar a marca de 100,0MT.
No mercado doméstico, os produtores se mantêm retraídos, observando a evolução da safra, que segue muito irregular – com perdas já confirmadas em muitos polos de cultivo – e apostando em novas e mais consistentes altas de preço. Prêmios apresentam melhora e são negociados nos portos brasileiros, no mercado spot, na faixa 70/90 cents sobre a CBOT; para fevereiro, na faixa de negativos 20/10.
Indicações de compra no oeste do estado entre R$ 140,00/142,00 e na faixa de R$ 148,00/150,00 em Paranaguá – dependendo do prazo de pagamento e, no interior, também do local e do período de embarque.