A semana começa com preços mais fracos na Bolsa de Chicago (CBOT), ainda refletindo a perspectiva de uma grande colheita nos EUA. A semana passada fechou com perdas superiores a 3%. A posição novembro iniciou a sessão deste dia 14/10 trabalhando com queda de 5 cents, a U$ 10,00.
O relatório do USDA referente a outubro, divulgado na última sexta-feira, indica que os EUA devem colher uma safra de 124,7MT – um novo recorde histórico, com estoques finais próximos de 15,0MT. A colheita já está além dos 50%. No último ano a produção ficou em 113,3MT, com estoques finais de 9,3MT.
A produção mundial deve ficar em 402,7MT, com estoques finais de 134,6MT. O USDA segue projetando para o Brasil uma colheita recorde, de 169,0MT para este ano, ante 153,0MT da última campanha.
Apesar de um relatório considerado baixista, o mercado estará atento às questões climáticas, que mostram um início de temporada bastante desafiador na América do Sul. Nos últimos dias, porém, as projeções de chuvas melhoraram bastante e mostram terreno mais favorável para avanço do plantio.
O plantio da safra brasileira de soja chega a 8,2%, indica levantamento da consultoria Safras Mercado. No mesmo ponto do ano passado o índice era de 15,8% e, na média histórica, de 11,3%. No Paraná, o plantio chega a 36%, ante 34% de um ano atrás; no MT está em 9%, contra 35% de um ano atrás.
Com a entrada de produto novo nos EUA, os importadores começam a centrar as compras por lá. A soja brasileira vai ficando comparativamente mais cara diante da redução da oferta e dos baixos estoques, típico de fim de estação. As exportações em outubro estão estimadas em 4,3MT.
O USDA segue projetando uma colheita recorde também para o Brasil
Prêmios no spot são indicados na faixa entre 150/170. Indicações de compra no oeste do Paraná entre R$ 137,00/139,00 e em Paranaguá na faixa de R$ 143,00/144,00 – dependendo do prazo de pagamento e, no interior, também do local e do período de embarque.
“
A soja brasileira vai ficando comparativamente mais cara diante da redução da oferta e dos baixos estoques, típico de fim de estação
”
Camilo Motter, analista da Granoeste