O comportamento irregular do clima no Brasil, que já indica algum nível de perdas irreversíveis, segue como principal vetor dos preços da soja no mercado futuro na Bolsa de Chicago (CBOT). Os fundos continuam apostando em novas altas e acumulando posições compradas. E, além do clima na América do Sul, estão de olho na demanda pelo produto dos EUA, bem como em fatores técnicos como o comportamento do mercado de petróleo e do dólar.
A consultoria
Safras Mercado tem sido uma das empresas mais conservadoras na reavaliação da safra brasileira. De acordo com levantamento divulgado no último final de semana, a produção ainda será recorde, com 161,3MT, corte de 1,2% sobre as estimativas iniciais. Na última campanha foram produzidas 157,8MT. Várias outras consultorias estão trabalhando com números que variam entre 150,0MT e 160,0MT.
No mercado doméstico, os produtores se mantêm mais retraídos diante das incertezas climáticas e da constatação de perdas já consolidadas. Atraso no plantio e necessidade de replantio em alguns setores são outras preocupações – o que deixa o mercado ainda mais largado. Prêmios são negociados nos portos brasileiros, no mercado spot, na faixa 30/70 cents sobre a CBOT; para fevereiro, os prêmios estão cotados na faixa de negativos 30/20.
Nesta quinta-feira, 30/11, as Indicações de compra no oeste do Paraná estão ntre R$ 138,00/139,00 e na faixa de R$ 146,00/148,00 em Paranaguá – dependendo do prazo de pagamento e, no interior, também do local e do período de embarque.