O Grito da Terra Brasil é a principal ação de massa do Movimento Sindical de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (MSTTR). É promovido pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Federações dos Trabalhadores na Agricultura (FETAGs) e pelos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (STTRs). Reúne anualmente, na capital federal, milhares de pessoas de todo o País, entre lideranças, agricultores(as) familiares, assalariados(as) rurais, assentados e acampados da reforma agrária, dentre outros que apoiam as bandeiras de luta da população rural.
Neste ano, o evento está marcado para os dias 20 e 21 de maio, em Brasília (DF). A discussão sobre os temas que entraram no documento ocorreu na sede da Contag, nos dias 2 e 3 de abril, e contou com a presença das 27 federações que representam a agricultura familiar no Brasil. O texto foi entregue ao presidente da República Luís Inácio Lula da Silva.
A pauta contempla pontos que atendem as necessidades da agricultura familiar no país considerando as especificidades de cada região. No caso do Rio Grande do Sul, ela reflete os anseios e as demandas da população rural, abrangendo questões que vão desde o acesso aos financiamentos, ao Proagro, a saúde, a educação, os direitos das mulheres, jovens e aposentados, até a valorização do trabalho e da renda no campo.
A partir da entrega do documento ao presidente, ficou estabelecido que o governo federal terá dez dias para socializar a pauta com os ministérios envolvidos. Após o período, as federações e a Contag, que está coordenando as negociações com o governo, serão chamadas para reunião em Brasília.
Caravana gaúcha - De acordo o presidente da Fetag-RS, Carlos Joel da Silva, a Fetag-RS assumiu o compromisso de levar 800 agricultores familiares para participar do Grito da Terra. “É fundamental que os Sindicatos dos Trabalhadores Rurais de todo o Estado mobilizem agricultores e agricultoras para viajar até Brasília, mostrando a força da agricultura familiar brasileira”, disse. “Precisamos sensibilizar o governo para que que venham medidas que garantam a permanência das pessoas no campo, pois é por meio do trabalho e da dedicação dessas pessoas que os alimentos continuam chegando nas mesas de toda a população diariamente”, completou.