Os contratos negociados com milho na Bolsa de Chicago (CBOT) operam nessa manhã de quarta-feira, 31/05, em queda de 11 pontos na posição julho e entre 11 e 13 cents nas posições mais alongadas. Ontem, as perdas chegaram a 10 cents. Na BMF, julho opera em R$ 53,40 (-3,9%) e setembro em R$ 56,75 (-3,4%).
De acordo com o analista de mercado, Camilo Motter, da Corretora Granoeste de Cascavel/PR os mercado globais seguem com sentimento negativo devido aos dados econômicos chineses decepcionantes, que podem reduzir o consumo do país. Além disso, o bom andamento do plantio nos EUA e impasses sobre o teto da dívida norte-americana contribuem para o tom baixista.
Em relação a emergência das plantas, o USDA apontou que se encontram em 72% nesta semana, contra 58% do mesmo ponto da temporada anterior, 63% de média e 52% da semana prévia.
Além disso, o plantio de milho nos EUA está acelerado e indo para a reta final, chegando a 92%, ante 84% de mesmo ponto do ano passado. A média história é de 84%. Os índices vieram em linha com o esperado por analistas.
Em relação à qualidade das lavouras, 69% são consideradas boas/excelentes, ante 73% da mesma data do ano passado; o mercado esperava 71%.
As inspeções de embarque de milho norte-americano totalizaram 1,3MT na última semana, acima das 1,0MT esperadas pelos investidores. No acumulado da temporada 2022/23, iniciada 1º de setembro/22, as inspeções atingem 28,6MT, contra 42,3MT de mesmo intervalo da temporada anterior.
Internamente, em um ano como este, em que se avizinha uma safra cheia, os preços de paridade internacional devem prevalecer na formação do preço. Uma vez que o Brasil precisará exportar cerca de 50,0MT.
O Conab indica que 0,4% da safrinha de milho já está colhida, especialmente no MT, onde os relatos mostram produtividade acima da média histórica.
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