Apesar de atividade bem menor do que nos dias anteriores, a praga de gafanhotos foi detectada novamente pelas autoridades argentinas neste sábado, dia 27, a apenas 100 km de Uruguaiana, próximo da fronteira com o Brasil. A nuvem já tinha saído do radar, mas volta a ameaçar os agricultores brasileiros e preocupar autoridades. No sábado, dia 27, autoridades argentinas informaram que os insetos estavam a 100 quilômetros de Uruguaiana, no Rio Grande do Sul.
A nuvem tinha sumido na última quinta-feira. A queda de temperatura e ventos fortes tinha afastado a possibilidade da praga chegar ao Brasil, mas agora os insetos estão na região de Curuzú Cuatiá, provícia de Corrienes. O Senasa (Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Agroalimentar) da Argentina alerta que a nuvem perdeu intensidade, mas ainda é preciso atenção.
Através de um trabalho conjunto do governo de Corrientes e da Senasa foi possível reduzir a densidade da nuvem de gafanhotos. Na sexta-feira foi possível encontrar a nuvem a 90 km a oeste de Curuzú Cuatiá, em uma área de difícil acesso. Com a colaboração dos produtores da região, foram realizados tratamentos fitossanitários para reduzir a população, através de aplicações com um avião. Comisso, autoridades acham pouco provável que os gafanhotos atravessem a fronteira com o Brasil, mesmo se os ventos e a temperatura contribuírem.
O Ministério da Agricultura declarou estado de emergência fitossanitária no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina mesmo assim. Equipes do ministério e dos governos estaduais estão acompanhando a movimentação dos insetos.