As pistas das tradicionais exposições agropecuárias do interior do Rio Grande do Sul que ocorrem desde o início de janeiro reúnem ovinocultores de todo o Brasil. O foco está na aquisição de genética de qualidade e na participação de julgamentos e competições. “As feiras são muito importantes, mas é importante também termos liquidez nos negócios, dentro de uma realidade, em especial da lã. Nós, produtores, sabemos que temos que produzir bons cordeiros. E bons cordeiros se produzem com bons reprodutores”, destaca o presidente da Associação Brasileira de Criadores de Ovinos (Arco), Edemundo Gressler.
Segundo o dirigente, criadores de 15 raças realizarão negócios nas feiras de verão, os quais também se estenderão à produção comercial. Os eventos também contarão com reuniões setoriais, políticas, palestras e exibirão avanços em pesquisas.
Uma das maiores exposições da temporada é a Feira e Festa Estadual da Ovelha (Feovelha). O evento está na sua 40ª edição e abre os portões no dia 25 de janeiro em Pinheiro Machado, na região Sul do Estado, e vai até o dia 28. Neste final de semana, será a vez da 46ª Feira de Ovinos, em Santana do Livramento, que começou na última quinta-feira e vai até este domingo. A exposição será seguida pela mostra de Herval, que se realiza de 31 de janeiro a 4 de fevereiro, e pela de Jaguarão, prevista para ocorrer de 23 a 25 de fevereiro.
Atualmente, o Rio Grande do Sul tem um rebanho de 3.353.607 ovinos, segundo a Pesquisa Pecuária Municipal do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (PPM/IBGE) de 2022. O estado lidera a atividade na região Sul do Brasil, que conta também com o plantel de 550.564 animais no Paraná e de 346.128 em Santa Catarina. O rebanho gaúcho perde apenas para o de Pernambuco, de 3.518.086 cabeças, e para o da Bahia, de 4.660.494 exemplares.