Produtores cobram soluções da Copel para quedas de energia no campo
O Bloco da Agricultura Familiar convocou nova reunião na Alep para tratar do tema. Novamente, a Copel não participou. Os relatos foram alarmantes: 60 mil toneladas de tilápia perdidas em Cascavel e 707 frangos mortos em apenas 10 minutos no município de Sulina, ambos no Oeste do estado, por causa das interrupções de energia. Em 2023, foram registrados 28 mil pedidos de indenização junto à Copel — apenas 7 mil foram atendidos.
Para o gerente do Departamento Técnico e Econômico do Sistema FAEP, Jefrey Albers, a situação pode ter reflexos em toda a cadeia produtiva. “Setores como avicultura, suinocultura, piscicultura e pecuária de leite são diretamente impactados. Isso reduz a oferta de produtos e pode elevar os preços ao consumidor final”, explica.
A reunião resultou em um documento oficial encaminhado à Copel, exigindo medidas como: plano emergencial para apagões, definição de prazos para restabelecimento da rede, revisão da estrutura operacional, transparência sobre infraestrutura e materiais, compensações financeiras para consumidores afetados, isenção de tarifas para famílias prejudicadas, canais de atendimento mais ágeis e maior fiscalização do serviço.
Após a ausência na audiência, deputados estaduais foram pessoalmente à sede da Copel cobrar explicações. Em resposta, a empresa anunciou a limpeza de 150 km de linhas de transmissão no Sudoeste do estado e a criação de cartilhas para orientar os produtores sobre como acessar as indenizações por danos causados pelas falhas no serviço.