O valor total de crédito rural desembolsado por instituições financeiras desde o início da safra 22/23, em julho do ano passado, até maio deste ano, atingiu R$ 318,7 bilhões. Segundo dados do Banco Central, o valor é 18,6% a mais do que os R$ 268,6 bilhões liberados em igual período da safra 21/22.
O valor supera também todo o crédito rural concedido na safra passada, de R$ 314,5 bilhões. O maior incremento foi verificado nos desembolsos para custeio da safra, que aumentaram 34,4% e chegaram a R$ 189,040 bilhões.
Os recursos liberados para investimentos de longo prazo do setor também cresceram, a despeito das taxas de juros elevadas e da escassez de recursos de linhas do BNDES com taxas de juros controladas.
O montante, de R$ 82,294 bilhões, foi 5,6% maior do que os R$ 79,815 bilhões concedidos no acumulado da safra 2021/22 até maio de 2022. Já os financiamentos para comercialização da produção caíram 2,8% na mesma base de comparação, saindo de R$ 31,696 bilhões em 2021/22 para R$ 30,820 bilhões em 2022/23.
A liberação de recursos pelo Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) no acumulado do ciclo 2022/23 até maio atingiu R$ 48,973 bilhões, aumento de 28,6% em relação aos R$ 38,070 bilhões liberados no intervalo correspondente da safra 2021/2.
Já pelo Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor (Pronamp), o incremento dos recursos foi ainda mais expressivo,de 64,3%, saindo de R$ 27,539 bilhões no acumulado da temporada passada para R$ 45,240 bilhões na parcial da safra atual.
Para a agricultura empresarial, ou seja, produtores de porte maior do que os enquadrados no Pronamp, foram liberados R$ 224,487 bilhões, 10,6% acima dos R$ 202,991 bilhões do ano anterior.