Soja nos EUA melhora e milho mantém boas condições apesar de leve queda; Hedgepoint alerta para volatilidade em agosto no mercado de Chicago.
As condições das lavouras de soja nos Estados Unidos melhoraram na última semana de julho. Por outro lado, as lavouras de milho tiveram uma leve queda, mas continuam em níveis muito satisfatórios. Esses dados são do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) e foram analisados pela Hedgepoint Global Markets.
Até 27 de julho, 70% das lavouras de soja estavam em boas ou excelentes condições. Isso representa um aumento de 2 pontos percentuais em relação à semana anterior, que foi de 68%. Além disso, esse índice supera o registrado no mesmo período do ano passado, quando 67% das lavouras apresentavam essa qualidade.
No milho, 73% das lavouras estavam em boas ou excelentes condições até 27 de julho, o que indica uma queda de 1 ponto percentual em relação à semana anterior (74%). Mesmo assim, o número é maior do que o registrado no ano passado (68%) e o melhor desde a safra de 2016/17. Luiz Roque, coordenador da Hedgepoint, destaca esses dados positivos.
A Hedgepoint prevê que entre 28 de julho e 3 de agosto o cinturão produtor dos EUA deverá receber alguma umidade. Contudo, algumas áreas terão pouca chuva ou nenhuma. De 4 a 10 de agosto, a previsão indica que as chuvas continuarão na maior parte da região, exceto nas Dakotas e no Sul do cinturão.
Luiz Roque reforça que o mês de agosto é decisivo para o enchimento dos grãos. Por isso, alerta para a possibilidade de maior volatilidade no mercado de Chicago.
As projeções mostram que as chuvas estarão próximas da normalidade em agosto. Além disso, as temperaturas devem se manter favoráveis para o desenvolvimento das lavouras. Não há indicativos de secas severas em grandes estados produtores.
Apesar do cenário climático positivo, os fundos especuladores seguem apostando na queda dos preços da soja e do milho. Na soja, a posição líquida vendida está em cerca de 67 mil contratos. Já no milho, a posição líquida vendida é de aproximadamente 264 mil contratos. Esse valor é um dos menores dos últimos cinco anos.