A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) participou do webinar “Comércio internacional e sustentabilidade: problema ou oportunidade”, promovido pelo Observatório de Bioeconomia da Fundação Getúlio Vargas (FGV), na quinta (5).
O debate contou com a participação da diretora de Relações Internacionais da CNA, Sueme Mori; do diretor do Departamento de Energia e Agronegócio do Ministério das Relações Exteriores (MRE), Alexandre Ghisleni; da professora da FGV-EESP, Vera Thorstensen; da secretária executiva da Câmara de Comércio Exterior (Camex), Ana Repezza; do diretor do Agroicone, Rodrigo Lima; e do professor e coordenador do Observatório de Bioeconomia da FGV, Daniel Vargas.
O webinar faz parte de uma série de eventos que discutem desafios-chave da transição brasileira para uma economia de baixo carbono, analisando a relação entre comércio internacional e meio ambiente.
Na opinião de Sueme, o agro é o setor que mais depende do meio ambiente e, por isso, defende a preservação e apoia políticas para o enfrentamento das mudanças climáticas.
“Somos favoráveis em avanços na preservação e no combate ao desmatamento ilegal, mas as discussões atuais colocam todos os países como iguais. Precisamos diferenciar o nível de desenvolvimento, de produção e o clima de cada um, assim como ter um diálogo bilateral”, disse.
Sueme também ressaltou que a Confederação apoia o sistema multilateral do comércio e o fortalecimento da Organização Mundial do Comércio (OMC), que precisa ser mais atuante para garantir compatibilidade entre as regras e relações comerciais justas.
“Precisamos de um debate para que o mundo inteiro se desenvolva e não criar normas que excluem, que geram pobreza e diminuem o poder econômico de determinados grupos da sociedade”, declarou ela.