Clima no Brasil continua sendo principal fator para a formação de preços da soja
Com o plantio da safra verão 23/24 lento e previsão de danos na produtividade por causa do clima, soja ganha fôlego na Bolsa de Chicago (CBOT)
Depois da boa recuperação apurada nas últimas duas sessões, superior a 30 cents, o mercado parece tomar certo fôlego; neste momento, manhã de quarta-feira, opera com queda de 11 cents, a U$ 13,65/janeiro. Pesam também fatores técnicos, como a alta do dólar e a queda do petróleo.
De qualquer maneira, os fundamentos seguem muito ativos, sobretudo no que se refere às irregularidades climáticas no Brasil. Este continuará sendo o tema mais recorrente nas próximas semanas, podendo impactar drasticamente a formação dos preços. A demanda tende a se mostrar mais ativa na medida em que a temporada avança e as adversidades climáticas caminham para causar danos irreversíveis.
Nesta quinta-feira será feriado de Ação de Graças nos EUA; portanto, não haverá pregão na Bolsa de Chicago.
Enquanto isto, no Brasil, o plantio segue mais lento; segundo a Conab está em 65%, ante 76% do mesmo ponto do ano passado. O desenvolvimento das lavouras é muito irregular e já há relatos de perdas, sobretudo no Centro-Oeste, maior região produtora de soja do país.
No mercado doméstico, os produtores se mantêm mais retraídos diante das dúvidas levantadas pelas adversidades climáticas. As preocupações estão centradas no clima e no atraso do plantio. Prêmios são negociados nos portos brasileiros, no mercado spot, na faixa 30/70 cents sobre a CBOT; para fevereiro, os prêmios estão cotados na faixa de negativos 30/10.
Neste dia 22/11, as indicações de compra no oeste do Paraná estão entre R$ 137,00/138,00 e na faixa de R$ 146,00/147,00 em Paranaguá – dependendo do prazo de pagamento e, no interior, também do local e do período de embarque.