O mercado segue postado na boa demanda pelo produto norte-americano

Os contratos negociados com soja operam em leve queda nos futuros de Chicago, neste momento, manhã de segunda-feira, a U$ 9,89/janeiro. Na semana passada os preços tiveram pouca oscilação, mas terminou com ganhos 1%.

- O mercado segue postado na boa demanda pelo produto norte-americano, mas está atento no desenvolvimento da safra brasileira e argentina que, por enquanto, evolui bem e tem projeções positivas. Também vive da expectativa um tanto pessimista em relação a possíveis medidas restritivas logo no início do governo Trump, sobretudo no que se refere a taxações sobre importações. Se isto acontecer, por certo haverá retaliações dos países que se sentirem prejudicados.

- O plantio da safra brasileira entra na reta final; chega a 91,6%, ante 83,3% do mesmo ponto do ano passado. O levantamento é da consultoria Safras Mercado. Houve avanço de seis pontos ao longo da última semana.

- O mercado interno se mantém calmo. Produtores com lotes remanescentes ainda apostam em preços mais atrativos com um possível agravamento da escassez no pico da entressafra. Temores sobre irregularidades climáticas também ajudam nesta decisão. É preciso ter em mente que, produto para entrega a partir de fevereiro, tem indicação entre R$ 10,00/R$ 15,00 abaixo quando comparado com preço de produto disponível.

- No spot, prêmios são apontados na faixa entre 130/200. Indicações de compra no oeste do Paraná entre R$ 138,00/140,00 e em Paranaguá na faixa de R$ 143,00/145,00 – dependendo do prazo de pagamento e, no interior, também do local e do período de embarque.

Camilo Motter é colunista o portal RuralNews

Na CBOT, os preços do milho abrem a semana em ligeira queda, a U$4,31/março. Na sexta-feira, os preços apresentaram boa recuperação, com alta entre 4 e 5 pontos; na semana anterior, entre ganhos e perdas, os preços ficaram praticamente estáveis. – Na BMF, a posição janeiro trabalha em R$ 72,45 (fechamento anterior R$ 71,65) e março em R$ 72,15 (anterior, R$ 71,68). Depois de perdas de quase 10% durante boa parte de novembro, os preços voltaram a se recuperar nos últimos dois pregões.

- O mercado segue sem grandes pressões. Nos EUA a colheita é dada por encerrada. Na América do Sul, apesar de transtornos climáticos localizados, as lavouras vêm evoluindo bem. Portanto, a oferta global é bastante satisfatória para o atual ritmo de consumo, embora haja algum decréscimo nas projeções de estoques finais globais que, ainda assim, devem se situar acima de 300,0MT, segundo o USDA.

- Os participantes manifestam preocupações com possíveis medidas restritivas por parte do Trump, sobretudo no segmento de biocombustíveis.

- O plantio da safra de verão chega a 96,6% no Centro-Sul do país – indica levantamento da consultoria Safras Mercado – ante 90,7% do mesmo ponto do ano passado e média de 93,5%. A área está prevista em 3,51MH, contra 3,97MH do ciclo anterior.

– No oeste do Paraná, indicações de compra na faixa de R$ 67,00 /68,00 – dependendo de prazo de pagamento e localização do lote. Nos portos, as indicações de giram na faixa de R$ 73,00/74,00 por saca.