Os preços da soja iniciaram a semana operando em leve queda nos futuros de Chicago, sendo cotado a U$ 13,37/novembro na manhã desta segunda-feira, 18/09. A cotaçao estende as perdas havidas na última sessão, quando o mercado cedeu cerca de 20 cents. A semana passada fechou com perdas de quase 2%.
- Os operadores observam o aumento da oferta global, com a entrada do produto norte-americano no mercado – que se soma com o ainda bom volume de disponibilidade no Brasil. Além disto, as perspectivas de oferta futura são otimistas, com aumento da produção brasileira e retomada da safra argentina, depois de dois anos de perdas por estiagens devastadoras. Por outro lado, a demanda segue bastante comedida; o esmagamento da indústria norte-americana ficou abaixo do esperado.
- O plantio da safra brasileira, segundo levantamento da consultoria Safras Mercado, teve início na última semana e conta com 0,3% já semeada. No Paraná, o índice está em 1% e, no Mato Grosso, em 0,5%.
- No mercado interno, as indicações de compra seguem sob pressão. Recentemente, os preços na Bolsa de Chicago vêm perdendo força, ainda refletindo os números baixistas do último relatório de oferta e demanda que traduzem certa acomodação da demanda e, apesar de certa quebra da safra dos EUA, perspectiva de aumento da oferta global.
- A disponibilidade interna é ainda alta para esta época do ano; especula-se sobre a capacidade logística e de mercado para escoar os volumes remanescentes de soja e milho até a entrada da nova safra. Muitas tradings já cumpriram seus programas de embarques deste ano e focam em negociações com a safra nova, cujas indicações estão longe de atrair as atenções dos produtores. Prêmios são negociados nos portos brasileiros, no mercado spot, na faixa 40/70 cents positivos; para outubro, entre 45/75.
- Indicações de compra entre R$ 135,00/138,00 no oeste do estado e na faixa de R$ 146,00/148,00 em Paranaguá – dependendo do prazo de pagamento e, no interior, também do local e do período de embarque.