Projeto Brazil Sugarcane Bioenergy Solution discutiu bioenergia durante COP28

O projeto, que é resultado da parceria entre o Arranjo Produtivo Local do Álcool e a ApexBrasil, esteve presente nas discussões sobre transição energética durante a COP 28

O Brasil se destaca como líder em iniciativas para reduzir as emissões de CO2 equivalente em setores como transportes, agricultura e em outras áreas produtivas. A inovação e a tecnologia são parte do DNA do país, atraindo a atenção mundial para essas iniciativas. A busca por soluções energéticas sustentáveis é um dos principais desafios globais da atualidade e requer ações efetivas a curto prazo. Durante a 28ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP28), o Projeto Brazil Sugarcane Bioenergy Solution, resultado da parceria entre o Arranjo Produtivo Local do Álcool (APLA) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), esteve presente nas discussões sobre transição energética.
No dia 3 de dezembro, o diretor executivo do APLA, Flávio Castellari, abordou o potencial do biogás globalmente e as oportunidades geradas para o Brasil no painel "Desfossilização a partir da economia circular: a contribuição do biogás para a transição energética no Sul global". "O modelo brasileiro de bioenergia é altamente replicável globalmente, permitindo a escalabilidade da tecnologia de produção. Há um vasto potencial para replicar esse modelo em países abaixo da linha do Equador, vislumbrando uma espécie de Oriente Médio verde em nossos canaviais. A produção de bioenergia, seja em forma de eletricidade, líquida ou gasosa, a partir da cana-de-açúcar como matéria-prima, é uma perspectiva promissora", enfatizou o executivo.

Flávio Castellarim, diretor executivo do APLA, falou sobre oportunidades do setor sucroenergético para transição energética de baixo carbono
Flávio Castellarim, diretor executivo do APLA, falou sobre oportunidades do setor sucroenergético para transição energética de baixo carbono

"Existem mais de 400 usinas, fora do Brasil, em diversos continentes, com capacidade para suprir a demanda mundial por essa bioenergia, contribuindo para a descarbonização e o desenvolvimento econômico regional desses países em desenvolvimento. À medida que esses países se desenvolvem, sua demanda por energia cresce, e essa tecnologia já desenvolvida pode ser rapidamente implementada. É possível iniciar a produção de biogás, etanol ou bioeletricidade nessas usinas em menos de um ano", esclarece Castellari.

Existem mais de 400 usinas, fora do Brasil, em diversos continentes, com capacidade para suprir a demanda mundial por essa bioenergia, contribuindo para a descarbonização e o desenvolvimento econômico regional desses países em desenvolvimento
Flávio Castellarim, diretor executivo do APLA

BIOCOMBUSTÍVEIS
Uma transição energética de baixa emissão de CO2 equivalente deve materializar-se nos próximos anos, na qual os biocombustíveis líquidos desempenharão um papel fundamental. Os novos paradigmas energéticos, como a eletromobilidade ou a propulsão a hidrogénio, exigem uma maior produção de eletricidade renovável, um requisito que muitos países não estão em condições de satisfazer a curto ou médio prazo.


“Os biocombustíveis líquidos são, portanto, uma alternativa já disponível, economicamente viável e ambientalmente sustentável à energia fóssil, complementar a outras tecnologias como a eletromobilidade e o hidrogênio”, explica Agustín Torroba, especialista internacional em Biocombustíveis e Energias Renováveis do Instituto Interamericano de Cooperação para Agricultura (IICA).


O especialista organizou durante a COP28 o painel “O papel dos biocombustíveis líquidos na descarbonização do setor dos transportes", realizado no dia 04 de dezembro, com objetivo de discutir as oportunidades de expansão do consumo e da produção de biocombustíveis líquidos no setor dos transportes no âmbito do desafio da transição energética para a descarbonização. Flávio Castellari fez a mediação do painel que também contou com a participação de vários representantes do setor de biocombustíveis da América Latina.


"O potencial do açúcar e álcool como fontes de energia renovável é imenso. Nosso objetivo é não apenas expandir a produção, mas fazê-lo de forma responsável e sustentável, gerando impacto positivo não apenas na economia, mas também no meio ambiente e nas comunidades locais", ressalta Castellari.


APLA
Considerado o maior Cluster de Energia do mundo, o Apla busca promover internacionalmente a tecnologia, serviços, equipamentos e máquinas que o Brasil oferece para a produção de bioenergia globalmente. Uma cadeia produtiva dinâmica e inovadora que impulsiona a energia renovável tanto no Brasil quanto em outras regiões do mundo.


O Projeto Brazil Sugarcane é uma iniciativa que visa promover e destacar a produção sustentável de cana-de-açúcar no Brasil. Focado na cadeia produtiva da cana, o projeto tem como objetivo principal divulgar internacionalmente os avanços, benefícios e ações relacionadas à produção de etanol, açúcar e bioenergia a partir dessa matéria-prima. Essa iniciativa busca destacar o potencial do Brasil como líder na produção de cana-de-açúcar e seus derivados, enfatizando a sustentabilidade ambiental, social e econômica dessa atividade.

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“Biocombustíveis são o futuro do Brasil!” - Autor: Marcos Vaz

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