Programa de Segurança Hídrica no Paraná recebe novos alinhamentos entre Estado e Banco Mundial com foco em sustentabilidade e uso racional da água
O Programa de Segurança Hídrica no Paraná avançou para uma nova fase. Após uma semana de visitas técnicas a municípios estratégicos, representantes do Governo do Estado e do Banco Mundial se reuniram nesta segunda-feira (21), em Curitiba, para alinhar as próximas ações. As reuniões seguem até sexta-feira (25) e envolvem diversos órgãos estaduais que participam da execução do programa.
Além disso, o programa busca ampliar a oferta de água, reduzir riscos de escassez e evitar conflitos pelo uso dos recursos hídricos. As ações propostas também enfrentam os efeitos das mudanças climáticas, que já impactam o campo e as cidades. Por isso, o Estado aposta em soluções estruturantes e sustentáveis.
O secretário do Planejamento, Ulisses Maia, destacou a importância do programa. “Com US$ 263 milhões, vamos garantir água segura e sustentável, resolvendo problemas como erosão e esgoto rural”, afirmou.
O secretário da Agricultura, Marcio Nunes, reforçou o compromisso ambiental do estado. “Estamos transformando o agronegócio com inovação e sustentabilidade”, declarou. Ainda segundo ele, é preciso atenção especial à região Noroeste, onde os solos são frágeis e a disponibilidade de água é menor.
De acordo com Amauri Pinto Ferreira, gerente do IDR-Paraná, os sistemas atuais de cultivo dificultam a infiltração da água no solo. Por isso, o programa implantará microbacias de referência em todos os municípios da região. Nessas unidades, os técnicos aplicarão práticas como: terraceamento, plantio direto, proteção de nascentes, tratamento de esgoto rural e uso de plantas de cobertura.
Além disso, cada regional do IDR-Paraná contará com um extensionista e um residente técnico. Esses profissionais farão o diagnóstico de cada microbacia e adaptarão as ações conforme a realidade local. A meta é avaliar 50 microbacias em 2025 e atingir as 116 até o fim de 2026.
Marie-Laure Lajaunie, gerente do projeto no Banco Mundial, explicou que o foco está na segurança hídrica como um todo. “Queremos garantir abastecimento de água, fortalecer a agricultura e proteger o meio ambiente”, disse.
Além disso, o diretor do IAT, José Luiz Scroccaro, explicou que o programa também levará saneamento básico ao meio rural. “Vamos melhorar a infraestrutura, a qualidade de vida e a saúde das pessoas”, afirmou.
“Estamos fazendo uma gestão integrada da água, do solo e da produção. Essa transformação será modelo para o Brasil”, finalizou Scroccaro. O Programa de Segurança Hídrica no Paraná reforça esse compromisso e segue avançando para garantir um futuro mais sustentável e resiliente para o estado.