Pavilhão AgroBrasil promove debates sobre produção sustentável de grãos e fibras
Durante a COP30, painéis discutiram desafios, tecnologias e oportunidades para fortalecer a produção sustentável de grãos e fibras
O Pavilhão AgroBrasil promoveu debates com foco em tecnologias, novos mercados e práticas ambientais. Foto: CNA / Divulgação
Durante a COP30, em Belém (PA), o pavilhão AgroBrasil, do Sistema CNA/Senar, dedicou a quarta-feira (12) ao tema “Sustentabilidade da Produção de Grãos – Produção e Mercados”. O evento reuniu especialistas, produtores e representantes do setor para debater os desafios e oportunidades da produção sustentável de grãos e fibras.
Na abertura, André Dobashi, presidente da Comissão Nacional de Cereais, Fibras e Oleaginosas da CNA, ressaltou o papel do Sistema CNA/Senar na representação dos produtores e na promoção da sustentabilidade no campo. Segundo ele, o diálogo e a cooperação são essenciais para ampliar práticas de baixo impacto ambiental.
Desafios e avanços da produção sustentável
Conteúdos relacionados
O primeiro painel, “Desafios da produção de grãos e fibras diante das definições internacionais de sustentabilidade”, contou com a participação de Daniel Vargas, da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Ele defendeu segurança jurídica e a recuperação de áreas degradadas, afirmando que ambos são fundamentais para a consolidação de sistemas produtivos sustentáveis.
Em seguida, Maurício Buffon, presidente da Aprosoja Brasil, destacou que a tecnologia aumenta a produtividade da soja e reduz a pressão por novas áreas agrícolas. Além disso, Pedro Bier, da Aprosoja MT, reforçou o protagonismo do Brasil na produção sustentável de grãos e fibras, apontando o país como exemplo de equilíbrio entre produção e preservação.
O moderador Fabrício Rosa, diretor executivo da Aprosoja Brasil, complementou afirmando que os produtores rurais investem continuamente em preservação ambiental. Dessa forma, o setor tem conseguido avançar em sustentabilidade sem perder competitividade.
Diversificação e novos mercados
No segundo painel, “Sistemas de produção e mercados de alto valor – O novo ciclo dos grãos, pulses e colheitas especiais”, os especialistas destacaram a diversificação e a rotação de culturas como caminhos para maior resiliência produtiva. Dobashi citou o sorgo como exemplo de alternativa viável para diversificar a renda e reduzir riscos climáticos.
Bruno Laviola, da Embrapa Agroenergia, explicou que os biocombustíveis e a segunda safra têm papel estratégico na descarbonização da produção agrícola. Pedro Netto, da ApexBrasil, por sua vez, apresentou novas oportunidades de exportação de feijão e gergelim, reforçando o potencial brasileiro em mercados de alto valor.
Enquanto isso, o moderador Glauber Silveira, diretor executivo da Abramilho, destacou a necessidade de integração entre os elos da cadeia produtiva. Segundo ele, essa cooperação é essencial para consolidar novas culturas e aumentar a competitividade internacional.
Sustentabilidade na cadeia do algodão
O terceiro painel, “O algodão como opção natural e competitiva na matriz têxtil”, trouxe foco para a produção sustentável de fibras. Fábio Carneiro, da Abrapa, apresentou os critérios ambientais e sociais do Programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR). Além disso, ele destacou que as auditorias independentes e a rastreabilidade garantem credibilidade à cadeia produtiva.
