Entrevistamos Rodrigo Régis, diretor de transição energética e inovaçao da consultoria Álvares Marsal que coordena um plano para tornar o Paraná líder na cadeia produtiva do hidrogênio verde, utilizando o biogás e o biometano. O trabalho de Régis está mapeando o cenário do hidrogênio renovável no Estado para desenvolver medidas voltadas ao licenciamento, financiamento e desoneração da cadeia produtiva. Um dos subprodutos do da produção de biogás é a uréia, que pode se transformar em fertilizante, e metanol, que pode suprir a necessidade energética do Estado.
Rodrigo Régis ressaltou a importância desse plano, essencial nessa área, quando o Estado visa se antecipar para se colocar como um agente importante em determinada área nova. Segundo ele, é um mercado novo, que está se estruturando, e no qual há muita especulação, muita coisa por acontecer.
E a única certeza que a gente tem, em todo o cenário mundial, é que isso vai acontecer. E quem vai surfar a onda é quem se preparar primeiro, quem se organizar, se estruturar e se planejar primeiro. A ideia do Plano do Hidrogênio, segundo Régis, é a de subsidiar o Estado de informações, para que auxilie na tomada de decisões sobre quais são as melhores estratégias para desenvolver a cadeia produtiva do hidrogênio renovável no Estado.
“Olhando, inicialmente, os principais consumos internos a serem estimulados, e, no segundo momento, quais tecnologias e rotas devem ser dominadas internamente. Estamos vendo que a principal força motriz dessa transição energética é a biomassa, então faz sentido avançar na estratégia de domínio dessa tecnologia para o hidrogênio. É nisso que apostamos”, disse.
Régis explicou que os grandes pontos do plano são posicionar o Paraná em domínio tecnológico, investigando quais tipos de tecnologia são necessários dominar, qual cadeia produtiva atacar e por onde começar, onde há consumo interno a ser estimulado, quais políticas públicas e quais tipos de estímulo precisam ser desenvolvidos para o Paraná dar esse primeiro passo.
Assista a entrevista.