Brasil reforça integração regional para ação climática
Na Blue Zone, o Mapa defende a restauração de terras e apresenta iniciativas como o ABC+ e o Caminho Verde Brasil
Representante do Mapa participa de painel na Blue Zone durante a COP30 e reforça a integração regional para ações climáticas na agropecuária. Foto: Ministério da Agricultura e Pecuária / Divulgação
Durante a COP30, nesta quarta-feira (19), o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) participou do painel PLACA Ministerial – Impulso à ação climática coordenada no setor agropecuário, realizado no Auditório Cumaru, na Blue Zone. A discussão reforçou que a integração entre países da América Latina e do Caribe é essencial para acelerar políticas agrícolas alinhadas ao clima. Além disso, o debate mostrou que a restauração de terras tornou-se uma prioridade para a região.
Integração regional e urgência climática
A PLACA reúne 18 ministérios da Agricultura e atua como um mecanismo que conecta a agenda agrícola latino-americana ao esforço global de cooperação climática. Por isso, a plataforma busca fortalecer capacidades técnicas, ampliar a troca de conhecimento e, além disso, promover coordenação política entre os países.
Representando o Brasil no painel, o diretor do Departamento de Produção Sustentável do Mapa, Bruno Brasil, afirmou que a integração regional é decisiva para enfrentar a degradação de terras e garantir segurança alimentar. Segundo ele, esse problema já compromete mais de 20% das áreas agrícolas do planeta. Assim, a COP30 surge como uma oportunidade para ampliar parcerias técnicas, financeiras e institucionais voltadas à restauração de áreas degradadas.
Iniciativas brasileiras ganham destaque
Bruno Brasil apresentou iniciativas nacionais que já avançam nessa agenda. Entre elas, o Plano ABC+, que promove práticas de baixa emissão de carbono, e o Programa Caminho Verde Brasil, que aposta em instrumentos inovadores de gestão e financiamento. Além disso, o diretor destacou que o país tem metas ambiciosas, como recuperar 40 milhões de hectares de pastagens degradadas ao longo de dez anos.
Essas ações, segundo ele, fortalecem a resiliência climática, ampliam a segurança alimentar e impulsionam uma transição produtiva mais sustentável. Por outro lado, ele ressaltou que a PLACA funciona como um fórum essencial para integrar políticas, compartilhar experiências e atrair investimentos. O Brasil, entretanto, também se compromete a colaborar tecnicamente, apoiar capacitações e mobilizar parceiros multilaterais e privados.
Estrutura e liderança da PLACA
A plataforma é presidida pelo Ministério de Desenvolvimento Agrário e Irrigação do Peru (MIDAGRI), enquanto o Mapa ocupa a vice-presidência. Além disso, a FAO atua como secretaria, articulando iniciativas e promovendo apoio técnico aos países membros.
