Paraná bate recorde histórico nas exportações de carne suína em março
Volume embarcado é o segundo maior da série histórica
Paraná registra em março o maior crescimento nas exportações de carne suína desde 2016. Foto: Freepik
O Paraná segue consolidando sua liderança na produção e exportação de carne suína no Brasil. Após registrar a maior participação histórica na produção nacional do setor em 2024, o estado obteve em março um crescimento expressivo de 91,5% nas exportações do produto em relação ao mesmo mês do ano anterior. Esse é o maior avanço percentual desde fevereiro de 2016, quando o aumento foi de 121,4%.
De acordo com o Boletim de Conjuntura Agropecuária, divulgado pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), o volume exportado pelo Paraná no mês passado foi de 19,4 mil toneladas — 9,3 mil toneladas a mais que em março de 2024 e 1,6 mil toneladas acima do total registrado em fevereiro. O desempenho coloca março de 2025 como o segundo melhor mês da história em exportações de carne suína do estado, atrás apenas de outubro de 2024, quando foram embarcadas 20,5 mil toneladas.
Entre os destaques está a abertura do mercado das Filipinas, que já ocupa a terceira posição entre os principais destinos da carne suína paranaense, com compras de 2,5 mil toneladas. Países que já mantêm relações comerciais consolidadas com o estado também aumentaram significativamente suas aquisições. Hong Kong ampliou suas compras em 99,9%, o equivalente a 2,4 mil toneladas adicionais; a Argentina registrou um crescimento de 358,5% nas importações, totalizando 1,9 mil toneladas; e o Uruguai comprou 1,9 mil toneladas a mais, alta de 102,4%.
“Assim, o desempenho registrado em março reflete a combinação de demandas de mercados que reconhecem e valorizam a qualidade da carne suína produzida no Paraná”, afirmou Priscila Gonsales, técnica do Deral.
Alta na arroba bovina e impacto do câmbio
O boletim também analisou o mercado de bovinos, destacando a valorização da arroba, que atualmente está cotada em R$ 324,40 — uma alta gradual nas últimas semanas que favorece os pecuaristas.
No entanto, o cenário cambial trouxe impactos. A cotação da arroba em dólar caiu de US$ 55,42 no início da semana para US$ 54,18 no fechamento do boletim, reflexo da forte desvalorização do real diante de incertezas econômicas, especialmente após a nova taxação imposta pelos Estados Unidos a diversos países. Embora o Brasil tenha sido relativamente pouco afetado diretamente, os desdobramentos das tensões comerciais entre EUA e China influenciaram o mercado global.
