Considerada uma das grandes ameaças da suinocultura no Brasil, a circovirose suína, causada pela infecção do vírus PCV2, foi
diagnosticada pela primeira vez no final da década de 1990 pela Embrapa Suínos e Aves. De
lá para cá, o circovírus evoluiu, gerando novos genótipos, que hoje
circulam a campo, como o PCV2b e PCV2d. O produtor viu também serem
lançadas algumas tecnologias para prevenção e controle da doença, que
acomete os plantéis brasileiros. E, embora sejam eficazes,
algumas diferenças podem ser observadas na granja.
Um
estudo comparativo de vacinas contra a circovirose suína realizado de
novembro de 2019 a abril de 2020 pela Zoetis, em uma agroindústria
de Santa Catarina, com um grupo de 7.200 animais observou os seguintes
aspectos- peso médio dos animais no abate, ganho de peso (GPD),
conversão alimentar (CA) e mortalidade, considerados os mais importantes
indicadores de produtividade.
"Foram vacinados contra circovirose e pneumonia enzoótica dois grupos de
igual tamanho, oriundos do mesmo sistema de produção, no
primeiro dia de creche (aos 24 dias de vida). O primeiro recebeu dose
única de Fostera Gold PCV MH e o segundo foi imunizado com duas
vacinas monovalentes, com uma dose de 2 ml para Mycoplasma e uma dose de
1 ml para circovírus", explica o médico-veterinário Dalvan Veit,
Gerente Técnico de Suínos da Zoetis. Ao
final da fase de terminação, os números obtidos em cada grupo mostraram
vantagens no uso e mais produtividade nos indicadores avaliados
para Fostera Gold PCV MH.
No
abate, o peso médio dos animais que utilizaram Fostera Gold foi 127,27
Kg. Já no grupo que usou produto da concorrência foi 123,64 Kg. -
uma diferença de 3,6 Kg. Em relação ao ganho de peso diário, o grupo
Fostera Gold apresentou 0,911 Kg; já o grupo com o protocolo
concorrente, 0,894 Kg - uma diferença de 17 g a mais para o grupo
Fosfera Gold, que no acumulado de 114 dias de terminação representa
1,9kg a mais de peso produzido nesta fase por cada suíno. Quanto à
conversão alimentar, 2,422 Kg foi o resultado do grupo Fostera Gold,
enquanto o grupo que recebeu o protocolo concorrente apresentou 2,452
Kg, uma economia em favor do grupo Fostera Gold de 30g. de ração
consumida para cada quilo de suíno produzido. O
último aspecto observado foi a mortalidade. Ao final do estudo, o grupo
Fostera Gold apresentou índice de mortalidade de 1.91% e o
concorrente, de 2,35%, uma redução de 18,7%.
O
especialista explica como esses índices se converteram em rentabilidade.
"Vamos considerar valores praticados hoje mas, que pela
oscilação de mercado podem variar. O valor do Kg. do suíno é de R﹩ 6,20,
o custo médio do Kg. de ração na fase de terminação é
de R﹩ 1,50. Tendo isso, multiplicamos a diferença de GPD entre os grupos
estudados (17g) por 113,6 dias, correspondente ao período de
terminação, e o valor do Kg do suíno (R﹩ 6,20) para chegarmos à
rentabilidade do produtor sob o ganho de peso. Neste estudo foi de
R﹩ 11,97 para cada animal.
Em
relação à conversão alimentar (CA), a conta que fazemos multiplica a
diferença de 30g entre os grupos estudados por 104,6 Kg produzidos
por suíno e o custo médio do Kg. da ração (R﹩1,50) e chegamos a R﹩ 4,71
por animal abatido. Esse valor representa a economia do
produtor por suíno, já que o grupo que recebeu Fostera Gold consumiu
30g. a menos de ração que o grupo da concorrência. "O
que esse estudo nos mostra é a vantagem de Fostera Gold PCV MH em
relação ao concorrente sob todos os indicadores de produtividade
avaliados - peso final, GPD, CA e mortalidade. Além de seguro e eficaz, o
uso dessa vacina se converteu também em lucro para o produtor",
pontua Veit.