Brasil avança nas exportações de carne suína com isenção de tarifas da Coreia do Sul
ABPA comemora cota de 10 mil toneladas livres de imposto para o quarto maior importador mundial da proteína
Coreia do Sul reduz tarifa de importação e abre caminho para crescimento da carne suína brasileira no mercado asiático. Foto: Canva
A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) celebrou o anúncio da Coreia do Sul sobre a isenção de tarifa de importação para uma cota de 10 mil toneladas de carne suína congelada brasileira, com exceção da “barriga”. A medida representa um avanço estratégico nas exportações do setor para o mercado asiático.
Antes da mudança, o produto era taxado em 25%. Agora, com a nova cota, o Brasil ganha espaço para ampliar sua presença em um dos mercados mais relevantes do mundo. Em 2024, a Coreia do Sul importou 785 mil toneladas de carne suína e figura como o quarto maior importador global, com consumo per capita de 29 quilos.
No primeiro trimestre deste ano, o país asiático foi o 16º maior destino da carne suína brasileira, com 3,7 mil toneladas exportadas. A expectativa é que esse volume cresça com a nova condição tarifária.
Segundo o presidente da ABPA, Ricardo Santin, o reconhecimento de estados como Paraná e Rio Grande do Sul como livres de febre aftosa sem vacinação é um passo importante para ampliar os embarques. Atualmente, apenas Santa Catarina tem autorização para exportar carne suína à Coreia do Sul, devido ao seu status sanitário.
A conquista é resultado de articulações do Ministério da Agricultura e Pecuária, que lidera negociações junto às autoridades sul-coreanas. Para o setor, trata-se de uma oportunidade de expansão comercial com um mercado exigente e em constante crescimento.
