Soja tenta recuperação em Chicago após alívio nas negociações EUA–China
Após quedas recentes em Chicago, a soja ensaia recuperação enquanto o mercado interno brasileiro segue pressionado por prêmios menores e negociações travadas na entressafra
Movimentação da soja no Brasil segue cautelosa no período de entressafra. Foto: Freepik
Segundo a consultoria Granoeste, a bolsa de Chicago buscou recuperação nesta quinta-feira, com o contrato de soja subindo para US$ 11,19 por bushel, cerca de três centavos acima da véspera. Esse movimento ganhou força depois que se renovou o acordo para negociação de 12 milhões de toneladas com a China. Com o prazo estendido até fevereiro, o mercado sente alívio, pois a expectativa de cumprimento do volume parecia improvável.
Recuperação em Chicago e expectativas externas
O novo cronograma e os rumores de que o USDA poderá autorizar mais lotes para exportação alimentam a esperança de que a demanda se estabilize. Ao mesmo tempo, o clima e a safra no Brasil e na América do Sul seguem sob observação, o que pode tornar o ambiente mais volátil nas próximas semanas.
Pressão no mercado doméstico
No Brasil, a entressafra continua a pesar. Os preços internos oscilam em uma faixa estreita, resultado da típica disputa entre vendedores e compradores em períodos de baixa liquidez. Além disso, a colheita que se aproxima derruba os prêmios de exportação. Atualmente, o diferencial entre soja disponível e a safra nova gira em torno de R$ 10,00 por saca.
Nos portos, os prêmios no mercado spot variam de 100 a 120 pontos; para janeiro, entre 35 e 50. Já para março/abril, caem para 5 a 15 pontos. No oeste do Paraná, as indicações de compra ficam na faixa de R$ 133,00–135,00, enquanto em Paranaguá os valores oscilam entre R$ 142,00–144,00, tudo dependendo do prazo e condições de embarque.
