Os preços da soja operam estáveis nos futuros de Chicago, neste momento, manhã de quarta-feira – a U$ 13,46/novembro. Ontem o mercado levou um tombo, com perdas superiores a 20 cents nos principais vencimentos, pressionado pelos números negativos do relatório de oferta e demanda de setembro.
O mercado esperava, para o relatório do USDA de setembro, um corte de pelo menos 2,0MT na produção dos EUA. Portanto, a produção avaliada em 112,8MT, ante 114,5MT do mês anterior, não trouxe qualquer sensação positiva para os preços. A redução dos estoques também ficou aquém do esperado.
Em termos mundiais, a estimativa, agora, é de 401,3MT – com o USDA promovendo um corte na mesma proporção que a perda da safra norte-americana. Os estoques finais ficaram em linha com aquele indicado no mês passado, 119,3MT para a temporada 2023/24 e 103,0MT para a temporada 2022/23.
A produção brasileira, que começa a ser semeada, segue estimada em 163,0MT, com exportações de 97,0MT. A última colheita permanece com 156,0MT; as exportações, porém, são estimadas em alta de 1,0MT, em 95,0MT.
A China tem as suas importações majoradas em 2,0MT neste ano, para 102,0MT e em 1,0MT para a estação 2023/24, para 100,0MT.
Boletim do DERAL indica que o plantio de soja no Paraná já teve início e alcança 1%. A área é estimada em 5,8MH, aumento de 1% sobre o ano anterior. As primeiras projeções apontam para uma colheita de 21,9MT.
As indicações no mercado interno sofreram novas pressões com as perdas apuradas na CBOT. A disponibilidade é ainda bastante alta e especula-se sobre a capacidade logística e de mercado para escoar os volumes remanescentes de soja e milho até a entrada da nova safra. Muitas tradings já cumpriram seus programas de embarques deste ano e focam em negociações com a safra nova. Nas próximas semanas, a colheita norte-americana também entra no mercado e irá disputar espaço com o produto brasileiro.
Nestes dias, a formação do preço interno se vê atrofiada pela acomodação de todas as variáveis: CBOT, câmbio e prêmios. Prêmios são negociados nos portos brasileiros, no mercado spot, na faixa 40/70 cents positivos; para outubro, entre 45/75.
Indicações de compra entre R$ 140,00/142,00 no oeste do estado e na faixa de R$ 150,00/152,00 em Paranaguá – dependendo do prazo de pagamento e, no interior, também do local e do período de embarque.