Os preços da soja abriram em alta de 14 cents nos futuros de Chicago na manhã desta terça-feira (21/11), a U$ 13,81/janeiro. É a continuidade dos bons ganhos, entre 25 e 27 cents, apurados na sessão de ontem. Nesta quinta será feriado de Ação de Graças nos EUA – mais um motivo para investidores se posicionarem na ponta compradora.
O clima irregular no Brasil continua sendo o principal vetor dos preços – com excesso de chuvas no Sul e estiagem e altas temperaturas em extensas áreas do Centro-Oeste, Sudeste e Norte. Circulam rumores de que já haveria perdas consolidadas entre 4% e 6% das estimativas iniciais de produção em nível nacional. Não há como fugir: perdas de colheita significam racionamento do consumo via preços.
As exportações brasileiras de soja somam até aqui, neste mês de novembro, 3,07MT, elevando o total da temporada para 95,5MT, ante 73,5MT do mesmo intervalo do ciclo passado. A tendência é que até 31 de janeiro, fim da temporada comercial, os embarques ultrapassem a marca de 100,0MT.
Internamente, os negócios seguem lentos diante das dúvidas suscitadas pelas adversidades climáticas e diante das renovadas expectativas de alta dos preços, que voltam a ganhar força com base na reação verificada em Chicago.
No campo, as preocupações continuam centradas no clima e no atraso do plantio que, segundo a Conab, está em 65%, ante 76% do mesmo ponto do ano passado. Prêmios são negociados nos portos brasileiros, no mercado spot, na faixa 30/70 cents sobre a CBOT; para fevereiro, os prêmios estão cotados na faixa de negativos 30/10.