CBOT registra baixa quinta sessão seguida enquanto exportações brasileiras desaceleram e oferta argentina aumenta
Os preços da soja seguem em queda na CBOT, acumulando cinco sessões consecutivas de perdas. Nesta terça-feira, a posição novembro caiu 5 pontos, cotada a US$ 10,06, enquanto na segunda-feira os vencimentos recuaram entre 13 e 14 pontos. Segundo a Granoeste Corretora, o mercado ainda digere os impactos da Argentina, onde o governo liberou as exportações de produtos agrícolas sem cobrança de tributos até o final de outubro.
Além disso, com a entrada de produto novo nos Estados Unidos, a oferta global aumenta, incluindo a soja disponível também na Argentina. Ao mesmo tempo, a China, principal compradora mundial, que ainda não adquiriu soja da nova safra norte-americana, enfrenta maior disponibilidade de soja e derivados no Brasil e na Argentina. Ademais, a falta de acordo entre as duas maiores economias do mundo mantém a pressão sobre os preços.
O USDA informou que 61% das áreas de soja nos EUA estão em condição boa/excelente, queda de dois pontos em relação à semana anterior. Outras 27% estão regulares e 12% ruins/péssimas. No mesmo período de 2024, os índices eram 64%, 25% e 11%, respectivamente.
A colheita avançou para 9% da área, ante 12% na mesma data do ano passado e 9% da média histórica. Além disso, 61% das lavouras entraram na fase de maturação, ligeiramente acima da média de 60%.
No Brasil, as exportações de soja entram na fase de entressafra. Até setembro, os embarques somam 4,72 milhões de toneladas, abaixo das 6,11 milhões de toneladas registradas no mesmo período de 2024, segundo dados da Secex. Além disso, os prêmios nos portos brasileiros variam entre 170 e 190 no mercado spot e permanecem na mesma faixa para novembro.
No Oeste do Paraná, as indicações de compra estão entre R$ 128,00 e R$ 130,00, enquanto em Paranaguá variam de R$ 136,00 a R$ 138,00, dependendo do prazo de pagamento e do período de embarque.