Soja recua em Chicago com foco em tarifas dos EUA e câmbio
Preocupações com a política tarifária americana e valorização do dólar pressionam os contratos
No Brasil, colheita avança e atinge 88,3% da área cultivada. Foto: Canva
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago operam com perdas de cerca de 8 pontos na manhã desta terça-feira (15), cotados a US$ 10,34 por bushel. A queda ocorre após os ganhos acumulados de quase 5% na semana passada e reflete a valorização do dólar e as incertezas em torno da política tarifária dos Estados Unidos.
Segundo a Granoeste Corretora, além das preocupações tarifárias e geopolíticas, o mercado também volta suas atenções para o clima no Meio-Oeste americano, onde o plantio da nova safra está em andamento.
A expectativa é de uma redução de 4% na área de soja, totalizando 33,8 milhões de hectares, enquanto a de milho deve crescer mais de 5%, alcançando 38,6 milhões de hectares.
De acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), 2% da safra americana de soja já foi semeada, o mesmo percentual da média histórica para o período, mas abaixo dos 3% registrados nesta mesma época no ano passado.
No Brasil, a colheita da safra 2023/24 avança e já atinge 88,3% da área cultivada, conforme levantamento da Conab. O índice supera os 83,2% registrados no mesmo período do ano passado e também está acima da média histórica, que é de 87,4%.
Mesmo com os mercados financeiros operando em campo positivo, a Granoeste ressalta que a volatilidade deve permanecer como característica dominante neste período.
No mercado físico, os prêmios no porto de Paranaguá estão entre 50 e 65 centavos por bushel no mercado spot. À medida que a CBOT apresentou recuperação nos últimos dias, os prêmios perderam força.
As primeiras indicações de compra no oeste do Paraná variam entre R$ 130,00 e R$ 131,00 por saca. Já em Paranaguá, os valores oscilam entre R$ 138,00 e R$ 142,00, dependendo do prazo de pagamento. No interior, o preço também varia conforme o local e o período de embarque.
