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Soja no RS tem boa liquidez enquanto outros estados como SC, PR, MS, MT, MATOPIBA e GO enfrentam entraves logísticos e excesso de oferta
A comercialização da soja no RS avançou, mesmo após forte quebra de safra. Segundo a TF Agroeconômica, os produtores aproveitaram os preços de contratos com entrega até outubro e pagamento em 2026. No porto, a saca chegou a R$ 138,70. Já no interior, os valores variam de R$ 123,00 a R$ 133,00.
Em Santa Catarina, a comercialização segue lenta. Apesar da colheita positiva, a estrutura de armazenagem e a logística estão pressionadas. A cotação no porto de São Francisco é de R$ 138,11. Além disso, o estado enfrenta gargalos devido à proximidade da safra de inverno.
No Paraná, a elevada oferta de soja tem travado o mercado. O Deral estima uma safra de 21,32 milhões de toneladas. Como a colheita já foi concluída, a pressão sobre a logística é crescente. Em Paranaguá, por exemplo, a saca foi cotada a R$ 136,20.
Comercialização da soja no RS avança mesmo após quebra de safra e vira referência nacional. Foto: CNA / Divulgação
No Mato Grosso do Sul, as vendas continuam lentas, mesmo com safra recorde. A produção estimada é de 14,6 milhões de toneladas. No entanto, o volume exportado no primeiro semestre caiu 25,6%. A TF Agroeconômica destaca que, diante disso, o acúmulo nos armazéns exigiu investimentos em novas unidades logísticas.
Já no Mato Grosso, apesar da safra de 50,58 milhões de toneladas, os custos subiram e os problemas logísticos cresceram. O congelamento da UPF do Fethab aliviou parte dos custos. Mesmo assim, o mercado segue pressionado. Os preços variam de R$ 111,90 a R$ 119,85, conforme a praça.
No MATOPIBA, a soja enfrenta baixa umidade no solo e limitações de armazenagem. Mesmo com novos investimentos em logística, como a unidade da Mosaic em Palmeirante (TO), a umidade entre 0% e 40% nos quatro estados compromete o enchimento de grãos. Além disso, os preços giram em torno de R$ 138,11 nas principais praças.
Em Goiás, os preços recuaram em Rio Verde, enquanto produtores ainda seguram parte da produção. A TF Agroeconômica alerta que, além dos preços, há desafios com armazenagem e a necessidade de gestão eficiente durante o vazio sanitário, que vai até 24 de setembro. As cotações variam de R$ 118,01 a R$ 119,96 por saca.
Diante desse cenário, a soja no RS se destaca como exemplo de liquidez em meio aos desafios enfrentados por outros estados. O bom desempenho da comercialização gaúcha tem servido como parâmetro para estratégias de produtores em diferentes regiões do país.
