Soja mantém preços negativos em Chicago enquanto exportações brasileiras avançam e oferta interna segue alta
A soja mantém preços negativos em Chicago, com a posição agosto cotada a US$ 9,87 nesta terça-feira, segundo dados da Granoeste. Além disso, o mercado reage à boa evolução das lavouras nos EUA e às incertezas nas negociações comerciais entre os EUA e outras economias. O USDA informou que 70% das plantações estão em boas ou excelentes condições, número maior que na semana passada.
O USDA também revelou que 76% das lavouras de soja já entraram em floração, quase igual ao ano passado. Por outro lado, a fase de formação de vagens atingiu 41%, ligeiramente abaixo dos 42% registrados em 2024. Esses dados influenciam as expectativas de oferta global e, consequentemente, os preços em Chicago.
No Brasil, as exportações de soja somam 10,45 milhões de toneladas em julho, superando o mesmo mês de 2024, conforme a SECEX. Além disso, no acumulado da safra, o volume exportado chega a 78,4 milhões de toneladas, contra 71,0 milhões do ano anterior. A oferta interna permanece alta, e os prêmios no mercado spot estão entre R$ 155 e R$ 170, enquanto para setembro variam de R$ 165 a R$ 180.
No oeste do Paraná, as primeiras ofertas de compra ficam entre R$ 128 e R$ 131 por saca. Já em Paranaguá, os preços oscilam de R$ 140 a R$ 143, dependendo do prazo de pagamento e do período de embarque. Portanto, a boa oferta deve se manter durante a entressafra, mantendo o ritmo das exportações.