Os preços da soja operam novamente em queda nesta abertura de semana – menos 9 cents, a u$ 12,93/novembro – perdendo o importante nível de U$ 13,00. Na sexta-feira, os primeiros vencimentos perderam entre 9 e 13 pontos.
Avanço da colheita norte-americana e melhores previsões de chuvas para o Centro-Oeste brasileiro, onde o plantio está atrasado, acabam por pressionar mercado. Além disto, em termos técnicos, as commodities sofrem com o mau humor dos mercados financeiros e com o aumento generalizados das taxas de juros, sobretudo nos EUA.
De um total de 7,15MT de soja importadas pela China em setembro, 6,9MT foram do Brasil. No entanto, o volume total das compras chinesas representa queda de 24% sobre as 9,4MT de agosto. Até aqui, neste ano, a China importou 78,8MT, sendo que 54,9MT foram do Brasil, o que corresponde a 70% do total. Os dados são da Administração Alfandegária Chinesa.
As indicações de compra voltam a perder força, travando as negociações. De qualquer maneira, o foco está na implantação da nova safra, com atenção especial para o comportamento do clima, ainda irregular.
As escalas de embarque nos portos, que seguem muito alongadas, entre 45 e 70 dias, devem ser ponto de atenção para quem dispõem de lotes remanescentes. Em poucas semanas, as negociações de soja velha podem estar sendo enquadradas para embarque no período normalmente destinado ao despacho de produto novo – podendo significar perdas nos prêmios.
Prêmios são negociados nos portos brasileiros, no mercado spot, na faixa 15/40 cents sobre a CBOT; para março, os prêmios estão cotados na faixa de negativos 110/90.
Indicações de compra entre R$ 134,00/136,00 no oeste do estado e na faixa de R$ 145,00/147,00 em Paranaguá – dependendo do prazo de pagamento e, no interior, também do local e do período de embarque.