Os preços da soja seguem perdendo terreno nos futuros de Chicago, em meio à melhora das condições climáticas nos campos do Meio Oeste. A CBOT opera neste momento com queda de 17 cents, a U$ 13,31/setembro. Depois de um longo período de preocupantes irregularidades, as chuvas voltaram com bons volume. As perspectivas indicam um mês de agosto com boa umidade e temperaturas amenas na maioria das regiões produtoras. O quadro negativo é completado pelos demais mercados – financeiros e outras commodities – que também operam em baixa.
O relatório de acompanhamento de safra, liberado pelo USDA no fim da tarde de ontem, atesta melhora de dois pontos na qualidade das lavouras. As áreas tidas como boas/excelentes somam 54%, ante 52% da semana anterior. No mesmo ponto do ano passado, o índice era de 59%.
Em relação ao estágio, 90% já entraram em floração, ante 88% de um ano atrás e média de 87%. As áreas em formação de vagens perfazem 66%, contra 59% do mesmo ponto de 2022 e média de 63%.
O mercado também começa a se posicionar para receber o relatório de oferta e demanda de agosto, que será apresentado pelo USDA nesta sexta-feira. Este levantamento trará números com base em avaliações de campo.
As exportações brasileiras de soja somaram 1,43MT na primeira semana de agosto. No acumulado da temporada, iniciada em primeiro de fevereiro, o volume alcança 73,4MT, ante 59,3MT do mesmo intervalo do ciclo passado.
Mercado interno segue lento. Câmbio e prêmios se mostram em alta, porém, com as perdas observadas na CBOT, as indicações de compra se mantêm enfraquecidas. O ritmo de negócios é lento, com produtores bastante recuados. Prêmios são negociados nos portos brasileiros, no mercado spot, na faixa 80/120 cents positivos; para setembro, entre 110/130.
As Indicações de compra são apontadas entre R$ 136,00/140,00 no oeste do estado e na faixa de R$ 147,00/150,00 em Paranaguá – dependendo do prazo de pagamento e, no interior, também do local e do prazo de embarque.