Safra gaúcha de soja pode ter quebra de até 30%, segundo boletim da Emater

As chuvas no final de fevereiro e em 9 de março no Rio Grande do Sul beneficiaram as plantações de soja em regiões onde o volume foi suficiente para repor a umidade do solo, permitindo a recuperação foliar e a redução dos danos causados pela seca anterior. As informações constam no so boletim informativo conjuntural da Emater/RS.

Os dados mantém o Estado na posição de terceiro maior produtor de soja do país, atrás de Mato Grosso e Paraná, seguido por Goiás. No entanto, a distribuição irregular das chuvas resultou em diferenças significativas no potencial produtivo da spka entre as regiões.

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Áreas com menos chuvas, como o Noroeste e o Planalto Médio, sofreram com o calor intenso e a umidade insuficiente, levando a perdas maiores. Nessas regiões, as plantações apresentaram sinais de estresse hídrico e térmico, como murchamento, interrupção no enchimento de grãos e maturação desuniforme.

A colheita no estado está lenta, com apenas 5% da área colhida. O calor excessivo causou a abertura prematura de vagens e a debulha de grãos, prejudicando ainda mais a produtividade. A variabilidade no potencial produtivo é influenciada pelo volume de chuvas e pela época de semeadura.

A área cultivada inicialmente projetada para a safra foi reduzida em 1,2%, totalizando 6.729.354 hectares, devido à dificuldade de plantio no momento ideal. A produtividade média, estimada inicialmente em 3.179 kg/ha, foi revisada para 2.240 kg/ha, refletindo as perdas causadas pela estiagem ao longo do ciclo.

A produção de soja está estimada em 17,1 milhões de toneladas, uma redução de 13,2% em relação à safra anterior. A área cultivada deve aumentar para 6,84 milhões de hectares, com um incremento de 74,4 mil hectares (1,1% a mais que na safra 2023/2024).