Os preços da soja operam em leve alta nos futuros de Chicago neste momento, manhã de segunda-feira, a U$ 12,81/novembro. O mercado ainda digere os números do relatório de oferta e demanda de outubro, que foi divulgado pelo USDA na última quinta-feira, com novos cortes na produtividade da safra norte-americana.
De acordo com o USDA, a produtividade média das lavouras dos EUA deve ficar em 55,6 scs/ha, corte de 1% sobre setembro – mesmo nível da safra anterior. Com isto, a produção cai para 111,7MT, contra 116,2MT do ano passado e 121,5MT do ano retrasado.
Outro dado que chamou a atenção foi o amplo corte nos estoques finais globais, estimados agora em 115,6MT ao final da estação 2023/24, ante 119,3MT previstos no mês passado. Isto ocorre em razão da redução de quase 2,0MT da produção mundial – estimada em 399,5MT – e do aumento do consumo – previsto em 383,3MT.
A produção brasileira, cujo plantio está em andamento, segue estimada em 163,0MT, com exportações elevadas para 97,5MT, ante 97,0MT de setembro. A China continua com importações previstas em 100,0 MT para 2023/24, ante 102,0MT deste último ano.
A pergunta que fica é se estes ajustes, indicando mais consumo e menor produção, seriam suficientes para alterar o cenário fundamental, aparentemente baixista. O fato é que o tom positivo do relatório pode ter vida curta se houver bom andamento do clima na América do Sul, onde Brasil, Argentina e Paraguai estão semeando as lavouras desta temporada. Novamente, numa visão ampla, a direção dos preços está a cargo da oferta global; já, num sentido particular, a direção dos preços está dependente do regime de chuvas – que, em última análise, irá definir o volume de produto que chegará ao mercado.
O plantio da safra brasileira de soja chega a 15,8%, ante 19,1% do mesmo ponto do ano passado e média de 16,7%. Na semana anterior, o índice era de 7,8%. O levantamento é da consultoria Safras Mercado. No MT, os trabalhos chegam a 35%; no PR, a 34%; no MS, a 9%; em GO e SP, a 7% e na BA, a 3%.
As indicações de compra tiveram alguma melhora diante dos ganhos verificados na CBOT. O volume de negócios, porém, se mantém limitado; os produtores focam as atenções na implantação da nova safra. Prêmios são negociados nos portos brasileiros, no mercado spot, na faixa 25/50 cents sobre a CBOT; para março, os prêmios estão cotados na faixa de negativos 110/95.
Indicações de compra entre R$ 133,00/135,00 no oeste do estado e na faixa de R$ 143,00/145,00 em Paranaguá – dependendo do prazo de pagamento e, no interior, também do local e do período de embarque.
 12.webp)
