INÍCIO AGRICULTURA Soja

Praga asiática avança nas lavouras de soja do RS

Consórcio Antiferrugem da Embrapa Soja contabiliza 51 relatos da doença somente em janeiro

As ocorrências de ferrugem asiática avançam rapidamente no Rio Grande do Sul. De acordo com o Consórcio Antiferrugem, da Embrapa Soja, as lavouras gaúchas contabilizaram 51 relatos da doença somente em janeiro. Em 96% dos casos, as lavouras foram atingidas pelo fungo Phakopsora de forma precoce, no estádio de desenvolvimento, antes do enchimento de grãos.


Mapa da Emater mostra regiões com mais registros da doença
Mapa da Emater mostra regiões com mais registros da doença

O atraso na semeadura das lavouras de soja devido ao excesso de umidade verificado no Estado no período indicado ao plantio contribuiu de forma decisiva para a proliferação dos esporos. Somente em dezembro, o Rio Grande do Sul há estava com 37 registros no mesmo levantamento, totalizando 88 até agora.



Segundo o Programa Monitora Ferrugem RS, coordenado pela Secretaria da Agricultura do Estado, das 43 áreas monitoradas em todo o território gaúcho, cinco apresentaram esporos do fungo até agora. A região Central do Estado é a campeã de ocorrências.



Apesar de a incidência ser esperada em ano de El Niño, o controle da enfermidade preocupa. A apreensão deve-se à resistência do patógeno aos três princípios ativos utilizados na composição dos fungicidas: os Inibidores de desmetilação (IDM, "triazóis"), os Inibidores da Quinona externa (IQe, "estrobilurinas") e os Inibidores da Succinato Desidrogenase (ISDH, "carboxamidas").



“O controle da ferrugem asiática está cada vez mais difícil pelo fato do fungo apresentar menor sensibilidade a esses três grupos de fungicidas”, alerta a pesquisadora da Embrapa Soja, Cláudia Godoy. A atenção é maior com os produtos fabricados especialmente com protioconazol e tebuconazol (IDM), cuja eficiência encontra barreiras após a última mutação do fungo, explica Cláudia.



Para aumentar a eficiência de controle, a especialista orienta que os produtos sejam utilizados em rotação e sempre com a adição de fungicidas multissítios (que têm atuação em vários pontos do fungo). “Outro alerta é para que a realização do controle químico seja já no início do surgimento dos sintomas, mesmo que observados no período vegetativo, respeitando o intervalo de aplicação de 14 dias entre as aplicações”, reforça a pesquisadora.




Mapa da Emater mostra regiões com mais registros da doença

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