Na manhã desta segunda-feira (21/10), os ganhos da soja chegam a 6 cents, a U$ 9,76/novembro na Bolsa de Chicago (CBOT). Na semana passada houve perdas superiores a 4%.
A pressão vivida nas últimas sessões tem boa base fundamental: aceleração da colheita da safra norte-americana, que tem perspectiva de um novo recorde histórico, com pelo menos 124,0MT; melhora do clima no Brasil e avanço do plantio, sobretudo na região Centro-Oeste.
Fatores técnicos, como valorização do dólar frente a outras moedas e queda dos preços do petróleo também entram nesta conta.
Logo mais, no fim da tarde o USDA vai divulgar uma nova atualização sobre o andamento da colheita – que já entra na reta final. Na semana passada o índice era próximo de 70%. Não há dúvida de que o fator preponderante para o futuro dos preços seja a variável clima e, daqui para frente, principalmente o comportamento do clima na América do Sul.
As apostas estão altas tanto para a produção no Brasil – que todos esperam uma safra superior a 165,0MT - bem como para a Argentina.
O plantio da safra brasileira de soja chega a 16,8%. No mesmo ponto do ano passado, o índice era de 28,6%, com média de 21,5%. Para o Mato Grosso o IMEA indica o plantio em 25%, ante 60% da mesma data do ano passado. Os trabalhos devem ganhar forte ritmo no decorrer me razão do retorno das chuvas.
Os lotes remanescentes devem continuar bastante demandados pela indústria e contam com o benefício da escassez interna – fenômeno típico da entressafra. Por outro lado, as indicações para produto da safa nova seguirão a definição dada pelas variáveis câmbio, prêmios e CBOT – típica formação de preço para exportação.
Prêmios no spot são indicados na faixa entre 160/185. Primeiras indicações de compra no oeste do Paraná entre R$ 138,00/141,00 e em Paranaguá na faixa de R$ 142,00/144,00 – dependendo do prazo de pagamento e, no interior, também do local e do período de embarque.