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Estoques globais de soja sobem com revisão da safra brasileira, apesar de queda na produção mundial

USDA eleva estoques globais de soja após revisão da safra brasileira, mas estoques nos EUA recuam

Estoques globais de soja sobem com revisão da safra brasileira, apesar de queda na produção mundial

Estoques finais de soja dos EUA caem, mas cenário global aponta leve recuperação. Foto: Canva

Foto do autor Redação RuralNews
11/04/2025 |

A atualização mensal do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), divulgada em abril, trouxe ajustes importantes nas estimativas de oferta e demanda da soja para a safra 2024/25. Segundo análise da TF Agroeconômica, o cenário americano mostra estoques finais mais baixos, enquanto no mercado global houve aumento nos estoques, mesmo com a redução na produção mundial.

Estados Unidos: esmagamento maior e estoques menores

Nos Estados Unidos, a previsão de fornecimento e uso de soja em 2024/25 indica aumento no esmagamento e nas importações, com redução nos estoques finais. O esmagamento foi elevado em 272,15 mil toneladas, atingindo 120,29 milhões de toneladas, impulsionado pelo maior uso doméstico de farelo e exportações de óleo de soja.

Apesar da elevação nas exportações de óleo de soja, o uso para biocombustíveis foi reduzido com base no ritmo atual. No entanto, a expectativa para o restante do ano é de aumento nesse segmento, devido a tarifas que restringem importações de outras matérias-primas para biocombustíveis, como o óleo de cozinha usado.

Com exportações inalteradas e leve aumento nas importações, os estoques finais da soja americana foram reduzidos em 136,07 mil toneladas, somando agora 10,21 milhões de toneladas. O preço médio da soja segue estável em US$ 9,95 por bushel. Já o preço do farelo foi reduzido em US$ 10, para US$ 300 por tonelada curta, enquanto o óleo de soja teve alta de 2 centavos, passando para 45 centavos por libra.

Mercado global: estoques maiores mesmo com produção menor

No cenário global, as previsões para 2024/25 apontam para estoques iniciais mais altos, produção ligeiramente menor, além de aumento nas exportações, no esmagamento e nos estoques finais. O USDA elevou os estoques iniciais em 2,7 milhões de toneladas, reflexo da revisão da safra brasileira de 2023/24, que passou para 154,5 milhões de toneladas — um acréscimo de 1,5 milhão.

A produção global foi reduzida em 0,2 milhão de toneladas, principalmente devido à menor colheita na Bolívia. Por outro lado, houve aumento na produção da África do Sul, Emirados Árabes Unidos e União Europeia. O esmagamento global subiu 2 milhões de toneladas, atingindo 354,8 milhões, com destaque para altas no Brasil, Argentina, Ucrânia e EUA. A maior disponibilidade global de farelo de soja, aliada a preços mais baixos e menor oferta de farelos alternativos, impulsionou o consumo global.

Por outro lado, a produção mundial de óleo vegetal foi reduzida em 0,9 milhão de toneladas, totalizando 228,1 milhões. O corte foi motivado pela queda na produção de óleo de palma, estimada em 78,2 milhões de toneladas, devido à redução na Indonésia, Malásia e Tailândia.

As exportações globais de soja aumentaram 0,2 milhão de toneladas, para 182,1 milhões, com avanços para o Canadá e a Nigéria, mas queda para a Ucrânia. Já os estoques finais globais cresceram 1,1 milhão de toneladas, totalizando 122,5 milhões, puxados por aumentos no Brasil e na União Europeia.

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Editor RuralNews
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TAGS: #TF Agroeconômica # Soja
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