Em meio à baixa liquidez, preços da soja recuam no Brasil
A desvalorização foi limitada pela alta dos prêmios de exportação no Brasil, impulsionada pelo ritmo intenso de embarques nacionais de soja
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Na primeira quinzena deste mês, foram exportadas 1,99 milhão de toneladas de soja
As cotações da soja no Brasil voltaram a cair nos últimos dias, pressionadas pela redução da demanda e a consequente menor liquidez. Segundo pesquisadores do CEPEA - Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), os consumidores brasileiros do grão e de derivados relatam estar com estoques abastecidos para o médio prazo.
A queda nos preços também esteve atrelada à melhora do clima nas principais regiões produtoras do País. Ao mesmo tempo, a desvalorização foi limitada pela alta dos prêmios de exportação no Brasil, impulsionada pelo ritmo intenso de embarques nacionais de soja. De acordo com a Secex, na primeira quinzena deste mês, foram exportadas 1,99 milhão de toneladas da oleaginosa, volume já 3,3% superior ao escoado em todo dez/22.
Porém, as ondas de calor e a redução das chuvas em Mato Grosso devem quebrar a produção da safra 2023/24 de soja em cerca de 20%, aponta pesquisa feita pela Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT). O levantamento foi realizado com mais de 600 associados, abrangendo uma área de 862 mil hectares, ou 7,10% de toda área de soja em MT.
A pesquisa também aponta que os sojicultores de MT devem colher 36,15 milhões de toneladas nesta temporada, 9,16 milhões a menos que na safra anterior, quando a produção foi de 45,31 milhões de toneladas,este último dado, de acordo com o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
