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Desafios logísticos e de armazenagem marcam o cenário da soja em diversas regiões do Brasil

Do Sul ao MATOPIBA, gargalos na infraestrutura e ritmo lento de comercialização pressionam o mercado da soja em 2025

Foto do autor Redação RuralNews
01/07/2025 |

De acordo com a TF Agroeconômica, o cenário da soja em 2025 é marcado por gargalos logísticos, estruturas limitadas de armazenagem e comercialização travada em diversas regiões do país.

No Rio Grande do Sul, os efeitos das adversidades climáticas ainda se refletem na qualidade dos grãos, com relatos de sementes pequenas e avariadas. A armazenagem ganha papel estratégico, diante da necessidade de preservar a qualidade e garantir melhores condições de negociação. Além disso, há dificuldade logística para escoar a safra, o que reforça a importância da descentralização dos armazéns.

Em Santa Catarina, o mercado segue pressionado pela queda dos prêmios de exportação e pela baixa nas cotações internacionais. A logística de escoamento da safra de inverno, como a cevada, também exige atenção. A estrutura de armazenagem é apontada como central para garantir a autonomia dos produtores, especialmente com a proximidade do vazio sanitário da soja, que impacta o uso dos armazéns.

No Paraná, mesmo com prêmios sustentados pela menor oferta, os produtores optam por reter a produção, aguardando melhores oportunidades. O estado concentra cerca de 18% da capacidade estática nacional de armazenagem, o que dá fôlego ao produtor. A estabilidade nos fretes também contribui para o planejamento logístico, ainda que as margens estejam ajustadas.

No Mato Grosso do Sul, a comercialização enfrenta obstáculos diante da competição com a colheita do milho safrinha, que pressiona os custos de frete. Apesar de uma leve retração nos valores, a armazenagem continua sendo um gargalo, com impacto direto no poder de negociação dos produtores. A necessidade de boas práticas pós-colheita foi destaque em evento técnico recente no estado.

No Mato Grosso, o foco também recai sobre a armazenagem, que segue deficiente. Segundo a TF Agroeconômica, o déficit estrutural compromete a conversão de produtividade em rentabilidade. A campanha “Armazém para Todos” busca incentivar a construção de silos próprios ou cooperativos. O transporte continua pressionado, agravado pela sobreposição com o milho safrinha.

Na região do MATOPIBA, destaque em exportações de 2024, os gargalos de armazenagem persistem, principalmente nas novas fronteiras agrícolas. Mesmo com vantagens logísticas via Porto do Itaqui, os produtores enfrentam longas filas para descarregar a safra. A TF Agroeconômica aponta a urgência de investimentos em estocagem e alerta para o risco de incêndios por clima seco e quente.

Em Goiás, o estado mantém posição relevante nas exportações, mas também sofre com a pressão sobre as estruturas de armazenagem. Com a colheita avançada, o foco se volta para a conservação dos grãos e planejamento logístico, fundamentais para garantir competitividade.

A TF Agroeconômica conclui que, embora os fundamentos de mercado sejam distintos por região, o desafio comum em 2025 é estrutural: armazenar, preservar e transportar com eficiência a safra de soja diante das limitações logísticas nacionais.

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#Soja
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Editor RuralNews
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