O mercado da soja iniciou a manhã de terça-feira, 05/12, em leve alta na Bolsa de Chicago, a U$ 13,09/janeiro. Nas últimas duas sessões os preços cederam quase 40 cents, diante de relatos de melhores chuvas – ainda que muito irregulares – para o Mato Grosso.
O clima no Brasil segue no radar dos participantes, se constituindo num ano bastante desafiador para o campo. Assim como aconteceu em novembro, o comportamento do clima continuará sendo o principal vetor para os preços pelas próximas semanas. O tamanho da safra terá forte impacto sobre a oferta e, consequentemente, sobre o nível de preços.
O ritmo das vendas de soja dos EUA está muito abaixo do esperado, contrariando a expectativa do mercado. Relatório do USDA indica que foram embarcadas até agora, nesta temporada, iniciada em setembro, 18,7MT, ante 21,7MT do mesmo intervalo do ano passado.
No Mato Grosso, levantamento do IMEA mostra que as perdas já consolidadas na safra de soja, diante das irregularidades climáticas e alguma perda de área, chegam a 3,78%. A nova estimativa fala numa colheita de 42,1MT. A área semeada foi reduzida em 0,74%, para 12,13MH e a produtividade em 3,07%, para 57,9 scs/ha.
Embora muito indefinido, todas as consultorias atribuem algum percentual de perda e o Brasil corre o risco de colher uma safra menor do que a do ano anterior.
No mercado doméstico, os produtores se mantêm retraídos diante das incertezas climáticas – que é principal foco de atenção do mercado. A forte alta do câmbio compensa boa parte das perdas externas. Prêmios são negociados nos portos brasileiros, no mercado spot, na faixa 40/80 cents sobre a CBOT; para fevereiro, na faixa de negativos 30/20.
Indicações de compra no oeste do estado do Paraná entre R$ 136,00/138,00 e na faixa de R$ 146,00/148,00 em Paranaguá – dependendo do prazo de pagamento e, no interior, também do local e do período de embarque.
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