Bahia estabelece vazio sanitário regionalizado da soja para conter ferrugem asiática

A Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) confirmou o início do vazio sanitário da soja no próximo dia 26 de junho, na principal região produtora do estado, o Oeste baiano. A medida, publicada no Diário Oficial, determina a ausência total de plantas vivas de soja por 90 dias consecutivos em 85 municípios das regiões da Bacia do Rio Grande, Bacia do Rio Corrente, Irecê, Velho Chico e Chapada Diamantina. A ação tem como objetivo prevenir e controlar a ferrugem asiática, considerada a principal praga da cultura.

Segundo o diretor-geral da Adab, Paulo Sérgio Luz, o cumprimento do prazo é fundamental para evitar perdas de produtividade e qualidade, além de minimizar infestações na safra seguinte. Ele reforça a importância do manejo adequado e da limpeza das áreas após a colheita. O descumprimento da norma poderá resultar em multas e outras penalidades.

Uma das novidades deste ano é a regionalização do calendário de vazio sanitário e semeadura. Essa mudança, segundo o diretor de defesa vegetal da Adab, Vinícios Videira, levou em consideração a expansão da soja na Bahia e as diferentes características de solo e clima entre as regiões produtoras. Ele afirma que a decisão foi bem recebida pelo setor produtivo, pois permite um planejamento mais eficiente, com foco na prevenção e sustentabilidade.

Além da suspensão temporária do cultivo, o calendário oficial de semeadura da safra 2025/26 também foi definido, com prazos específicos para cada macrorregião. A medida visa reduzir o número de aplicações de fungicidas e os riscos de resistência da ferrugem asiática aos produtos utilizados no controle da doença.

Outra exigência é o cadastramento obrigatório das lavouras de soja, a cada nova safra, preferencialmente pelo Sistema de Defesa Agropecuária da Bahia. Esse registro deve ser feito até, no máximo, 15 dias após o encerramento do período de plantio de cada região.

Foto: Adab / Divulgação