Produção e exportações de soja devem bater recorde em 2026, diz ABIOVE
Associação projeta safra recorde, avanço no esmagamento e exportações históricas para o próximo ano, reforçando o peso do Brasil no mercado global da soja
Setor projeta novos recordes para produção, esmagamento e exportações em 2026. Foto: Canva
A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (ABIOVE) divulgou suas novas estimativas para o Complexo Soja em 2026 e, segundo a entidade, o setor deve alcançar números históricos. A produção nacional de soja está projetada em 177,7 milhões de toneladas, enquanto o esmagamento deve subir para 60,5 milhões de toneladas. Além disso, o farelo tende a chegar a 46,6 milhões de toneladas, e o óleo de soja deve atingir 12,5 milhões de toneladas.
No comércio exterior, as previsões também indicam um avanço expressivo. A ABIOVE estima que o Brasil poderá exportar 111 milhões de toneladas de grãos, consolidando um novo recorde. As vendas externas de farelo devem alcançar 24,6 milhões de toneladas, e as de óleo podem chegar a 1,2 milhão de toneladas, com alta de 20%. Já as importações devem permanecer estáveis: 125 mil toneladas de óleo e 500 mil toneladas de soja em grão para suprir parte da demanda interna.
De acordo com Daniel Furlan Amaral, diretor de Economia e Assuntos Regulatórios da ABIOVE, o desempenho reafirma a força da cadeia produtiva. “Mesmo com ajustes pontuais, os números mostram a solidez do setor. A expansão do processamento e o ritmo firme das exportações reforçam o papel estratégico do Brasil no mercado mundial”, afirma.
Atualizações do Complexo Soja em 2025
A consolidação dos números até setembro de 2025 também mostra um cenário positivo. A produção da safra chegou a 172,1 milhões de toneladas, enquanto o esmagamento projetado atingiu 58,5 milhões de toneladas. A produção de farelo acompanhou esse movimento e deve alcançar 45,1 milhões de toneladas. Já o óleo de soja tende a somar 11,7 milhões de toneladas.
Processamento mensal e desempenho das exportações
Em setembro de 2025, o processamento totalizou 4,1 milhões de toneladas, queda de 9,1% em relação a agosto. Na comparação com setembro de 2024, houve recuo de 1,2%, já considerando ajustes na base amostral. Apesar da redução mensal, o acumulado do ano segue positivo: o processamento avançou 5,1% frente ao mesmo período de 2024, chegando a 39,3 milhões de toneladas.
Leia também
Mais lidas
