Colheita da safrinha e da soja para sementes no Tocantins supera expectativas e reforça o papel estratégico do Estado na segunda safra
A colheita do milho safrinha e da soja para sementes no Tocantins em 2025 superou as expectativas, segundo a Conab. O milho atingiu produção recorde e apresentou grãos de qualidade, enquanto a soja manteve padrão satisfatório, garantindo oferta ao mercado. Com isso, os resultados consolidam o Tocantins como referência na segunda safra e no fornecimento de sementes, mesmo diante das adversidades climáticas.
No milho segunda safra, a produção chegou a 2,25 milhões de toneladas, um novo recorde estadual. Esse aumento decorreu da expansão da área plantada, que passou de 373 mil para 415 mil hectares, e da adoção de tecnologias que elevaram a produtividade, chegando a 130 sacas por hectare em algumas regiões. Além disso, em nível nacional, o 12º levantamento de grãos projeta 112 milhões de toneladas, alta de 24,4% sobre o ciclo anterior, reforçando a força da segunda safra brasileira.
Na soja para sementes, foram cultivados cerca de 51 mil hectares. O rendimento médio variou entre 46 e 47 sacas por hectare. Embora o calor tenha impactado parte da produção, a qualidade genética foi preservada, garantindo diversidade para o setor. Municípios como Lagoa da Confusão, Cristalândia, Pium, Formoso do Araguaia, Santa Rita e Dueré destacam-se como polos autorizados pelo Ministério da Agricultura a produzir soja semente no período de entressafra. Dessa forma, a região consolida sua importância estratégica no cenário nacional.
O vice-presidente da Aprosoja Tocantins, Thiago Facco, ressalta que os números confirmam o papel do Estado na segunda safra. Segundo ele, mesmo com adversidades climáticas, a safra manteve qualidade e reforçou a consolidação do Tocantins. Além disso, ele destaca que o grande desafio agora é a comercialização, uma vez que os custos continuam elevados e exigem planejamento cuidadoso.
No sul do Estado, Cristiano Caruccio, vice-regional da Aprosoja em Gurupi, avalia o ciclo de forma positiva. “As chuvas prolongadas favoreceram a safra, mesmo com perdas iniciais por seca e impacto de pragas. Os preços não cobrem os custos, mas já adquirimos insumos para a próxima temporada. Assim, o segredo é fazer o básico bem feito”, observa.
Com o ciclo concluído, os produtores voltam sua atenção para a próxima safra. Preparação do solo, compra antecipada de insumos e uso de tecnologias modernas serão essenciais para garantir competitividade e bons resultados aos agricultores tocantinenses.