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CNA inicia levantamento de custos para produção de cana e café em 2025

Painéis presenciais e virtuais foram realizados em quatro estados com produtores das duas culturas

Foto do autor Redação RuralNews
14/04/2025 |

O projeto Campo Futuro, da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), deu início nesta semana aos painéis para levantamento dos custos de produção da agropecuária em 2025. As atividades ocorreram de forma híbrida – virtual e presencial – nos estados do Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Espírito Santo, com foco nas culturas de cana-de-açúcar e café.

Cana-de-açúcar

O primeiro painel da safra 2025/26 foi realizado na terça-feira (8), em Cianorte (PR). Os produtores locais apontaram uma propriedade modal de 50 hectares, com expectativa de produtividade média de 82 toneladas por hectare. Segundo a assessora técnica da CNA, Eduarda Lee, esse desempenho reflete maiores investimentos em nutrição, embora ainda haja impactos climáticos do ciclo anterior. Toda a produção é destinada à fabricação de etanol.

Em Barretos (SP), o painel ocorreu na quarta-feira (9), com destaque para uma área modal de 100 hectares e produtividade estimada em 70 toneladas por hectare. O número representa queda frente à safra passada, afetado principalmente por incêndios registrados na região em 2024.

Já na quinta-feira (10), os dados foram coletados em Nova Alvorada do Sul (MS), com propriedade modal de 1.000 hectares e produção média de 80 t/ha. Na sexta-feira (11), Cambará (PR) sediou o painel, que definiu uma área modal de 73 hectares, com produtividade projetada em 75 t/ha.

Eduarda Lee destacou que, em diversas regiões, houve avanço significativo na mecanização do plantio, reflexo da crescente escassez de mão de obra no setor.

Café

Os painéis com foco no café foram concentrados no Espírito Santo, entre os dias 8 e 10 de abril. Em Brejetuba, foi observada recuperação na produtividade, ainda que com leve queda em relação ao ano anterior, influenciada pela prática de recepa em 20% da área cultivada – técnica comum na região.

A maior parte da produção, cerca de 60%, continua sendo conduzida sob regime de parceria. Os outros 40% são divididos entre áreas em produção e recepadas, manejadas com mão de obra familiar.

Em comparação ao painel anterior, houve aumento de 33,7% no Custo Operacional Efetivo (COE) por saca, pressionado por elevações nos preços de corretivos (10,1%), fertilizantes (15,3%) e mão de obra (50,1%). Este último item foi impactado pelo modelo de parceria, cuja valorização acompanha a alta de 86,8% no preço do café.

No município de Cachoeiro do Itapemirim, a produtividade também melhorou, influenciada por melhores condições climáticas no período analisado. A irrigação ajudou a mitigar os efeitos da escassez hídrica. O modelo de parceria, em que o parceiro recebe 40% da produção, foi o principal fator de aumento dos custos. Apesar da Receita Bruta 64,5% superior, o acréscimo no COE (47,6%) e o custo de oportunidade da terra resultaram em prejuízo na análise econômica completa.

Por fim, no painel de Jaguaré, os produtores relataram melhora expressiva nos preços de comercialização e redução na necessidade de antecipação de receita via CPRs. O COE subiu 22,6%, puxado por aumentos nos custos com mecanização (7,9%), mão de obra (28,9%), corretivos (66,7%) e fertilizantes (34,3%). A Receita Bruta teve crescimento de 53,3%.

TAGS: #CNA # Levantamento
# Custos para produção # Cana # Café # 2025
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Editor RuralNews
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